O norte-americano Ariel Castro foi acusado por estupro e sequestro, quatro dias depois de Georgina DeJesus, Amanda Berry e Mcihelle Knight, desaparecidas havia cerca de uma década, aparecerem em sua casa. Ele compareceu ao tribunal na manhã desta quinta-feira.
Castro olhou para o chão enquanto os advogados falavam com a juíza Lauren Moore, que estabeleceu uma fiança de U$ 2 milhões para cada caso. A soma dos valores chega a U$ 8 milhões (R$ 16 milhões, aproximadamente), se considerada a filha de Amanda Berry, nascida em cativeiro.
Segundo informações do New York Times, advogados da promotoria teriam exigido um valor mais alto para a fiança, descrevendo o sequestro como “uma situação horrível” na qual as mulheres foram espancadas, amordaçadas e estupradas. Já a defesa de Castro argumentou que, como réu primário, ele deveria ser liberado sob um valor menor.
A polícia disse ter conversado longamente tanto com Castro, que é ex-motorista de ônibus escolar, e com as três mulheres para montar o caso. De acordo com o NY Times, as mulheres nunca deixaram a casa durante todo o período de cativeiro, exceto por dois momentos, quando foram levadas a uma garagem adjacente à construção. “As três vítimas declararam que Ariel as mantinha acorrentada no porão, mas as libertava eventualmente para que vivessem no segundo andar”, informou o relatório da sessão.
Ouvida por policiais, Michelle Knight ainda afirmou ter sido engravidada “diversas vezes” por Castro. Em cada caso, ele fazia com que ela passasse fome e a espancava para que abortasse.
As três desapareceram em circunstâncias diferentes entre 2002 e 2004 e foram encontradas na segunda-feira, depois de uma delas conseguir sair da casa e entrar em contato com a polícia.
(Com Agência estado)