Dois veículos explodiram perto da Câmara Municipal e do posto de correios de Reyhanli, na província de Hatay, às13h45 (horário local), danificando gravemente os edifícios.
As explosões ocorreram um dia depois da divulgação de que nas fileiras da organização terrorista Al Qaeda estão cerca de 2 mil cidadãos turcos, que vivem no próprio país, segundo o jornal diário Cumhuriyet.
Segundo o jornal turco, um relatório da Organização Nacional de Inteligência da Turquia afirma que 2 mil turcos receberam treinamento militar em bases da Al Qaeda no Afeganistão, no Paquistão, na Bósnia e na Chechênia, e que depois regressaram ao seu país para formarem células do grupo.
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Doze mortos em acidente em mina de carvão na ChinaTerremoto deixa um morto e 20 feridos no sul do IrãPolicia frustra atentado contra patriarca ortodoxo de IstambulNos relatórios dos serviços secretos turcos também há uma referência ao grupo radical islâmico Hezb Ut Tahrir, que se apresenta como uma organização política mas que dispõe de milícias armadas que participaram na luta contra o regime do presidente Bashar Al Assad, na Síria.
Após as explosões, dezenas de turcos qresponsabilizam os sírios pelos explosões. Concentrados no centro da cidade, apedrejaram automóveis de sírios, que abandonavam a cidade com receio de confrontos. A polícia turca teve de enviar reforços à capital para controlar os manifestantes e a tensão gerada.
A Turquia acolhe mais de 300 mil refugiados sírios. A maioria deles em acampamentos distribuídos pelos 900 quilômetros de fronteira com a Síria. Reyhanli situa-se perto de Cilvegözü, o posto fronteiriço onde em fevereiro a explosão de um carro causou a morte de 14 pessoas.
O ministro francês dos Negócios Estrangeiros, Laurent Fabius, condenou "com grande firmeza" o duplo atentado na Turquia.O governante francês manifestou ainda, em comunicado, a sua "solidaridade com as autoridades e o povo turco".