O Vaticano negou que o Papa Francisco tenha realizado exorcismo durante uma oração realizada após a missa de Pentecostes, nesse domingo, na Praça São Pedro. Francisco abençoava e falava com pessoas com necessidades especiais, quando se aproximou de um jovem em uma cadeira de rodas, colocou suas mãos em sua cabeça e fez um gesto como se o apertasse com força.
Para o canal de TV 2000, que transmitiu as imagens, tratou-se de um exorcismo. A interpretação foi negada pelo porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi. O Papa "não quis realizar nenhum exorcismo", afirma o padre Lombardi em um breve comunicado em resposta às questões dos jornalistas.
"Como faz com frequência para as pessoas doentes, ele simplesmente quis rezar por uma pessoa que sofre", afirmou.
O exorcismo, uma prática muito antiga na Igreja, é reservada a poucos padres formados e que possuem este poder particular dentro da Igreja, com o objetivo de expulsar a presença do demônio em uma pessoa, como Jesus fazia, segundo a tradição do Evangelho.
A TV 2000 já havia afirmado que João Paulo II e Bento XVI exorcizaram fiéis na Praça São Pedro. O exorcismo continua a ser praticado, mas de forma discreta, em muitos países, principalmente na Itália.
O Papa Francisco, desde que foi eleito em 13 de março, dedica parte de seu tempo aos doentes e deficientes físicos, conversando e rezando junto a eles.
O pontífice, que respeita as formas de devoção popular, regularmente faz referência à presença de satã no mundo e no homem.