Damasco – Tropas sírias, apoiadas por combatentes do movimento xiita libanês Hezbollah, intensificaram sua ofensiva na direção dos territórios ocupados pelos rebeldes e tomaram o controle de duas pequenas vilas próximas da cidade estratégica de Qusayr, capturada pelo governo nesta semana. As forças do governo enfrentaram pouca resistência nesta sexta-feira ao assumir o controle das vilas de Salhiyeh e Masoudiyeh, ao Norte de Qusayr. . A televisão estatal informou que tropas do governo estão perseguindo rebeldes no local.
No Norte do país, os rebeldes atacaram uma base aérea militar e realizaram bombardeios com tanques contra o prédio do comando, mas não conseguiu capturá-lo, informou o Observatório Sírio pelos Direitos Humanos, sediado em Londres. A base aérea de Mannagh está sob cerco rebelde há meses, mas segundo Mohammed Said, ativista que mora em Aleppo, os rebeldes não conseguiram avançar no ataque à instalação.
O Programa Mundial de Alimentação disse, em comunicado divulgado que tem distribuído ajuda alimentar de urgência para "famílias vulneráveis" em Qusayr por meio do Crescente Vermelho sírio, o que marca a primeira vez que os trabalhadores humanitários entram na cidade em vários meses. O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu ao governo sírio "acesso imediato" para as organizações humanitárias à população civil de Qusayr.
APELO A lançou um apelo para arrecadar US$ 5,2 bilhões com o objetivo de financiar operações de socorro na Síria até o fim do ano. O pedido, o maior da história da organização, foi apresentado durante uma conferência internacional em Genebra e representa um aumento de US$ 3 bilhões em relação ao que a entidade havia estimado necessitar para suas operações em território sírio e nos países vizinhos este ano. No relatório divulgado ontem, a organização estima que 10,25 milhões de sírios precisarão de ajuda humanitária até o fim de 2013, a metade da população do país. Se o conflito continuar, a previsão é que o número de refugiados no exterior também suba, passando de 1,6 milhão para 3,4 milhões.
Num raro comunicado, o Exército libanês advertiu sobre "conspirações" para levar o país novamente para uma guerra civil. "Alguns grupos parecem determinados a provocar tensões de segurança, tendo em vista as divisões política no Líbano a respeito dos acontecimentos militares na Síria", diz o documento. Os militares prometeram tomar ações firmes contra qualquer um que tente se intrometer na segurança do país, dizendo que "o uso de armas será combatido com armas.