O primeiro-ministro grego, o conservador Antonis Samaras, nomeou o socialista Evangelos Venizelos vice-presidente do Governo e ministro das Relações Exteriores, como parte de uma reforma ministerial realizada nesta segunda-feira.
O partido socialista Pasok reforça a sua presença com quatro ministros contra os dois que tinha anteriormente, após a saída do partido de esquerda Dimar do governo de coalizão na semana passada.
A retirada do partido de esquerda moderado se deveu a divergências sobre o fechamento da radiotelevisão estatal ERT, em 11 de junho, que provocou grandes manifestações e suscitou temores de uma queda do governo. O governo de coalizão durou apenas um ano.
Outro destaque da reforma é a volta de Adonis Georgiadis, que deixou o partido ultradireitista Laos, como novo ministro da Saúde. Ele é conhecido por suas posições direitistas duras e por seu antissemitismo.
À frente do Ministério das Finanças, encarregado de liderar as negociações com a troica de credores da Grécia e de lançar as grandes reformas do país, permanece Yannis Sturnaras com toda a sua equipe.
Ex-ministro das Finanças e artífice da reestruturação da dívida grega com bancos privados, em março de 2012, no Governo de Lucas Papademos, Venizelos, de 56 anos, é professor de Direito Constitucional na Universidade de Salônica. Ele é dirigente do Pasok desde o final dos anos 80 e assumiu várias pastas ministeriais em governos socialistas nos anos 90 e 2000.
Em março de 2012, foi eleito presidente do Pasok após a renúncia de seu antecessor Georges Papandreu, arrastado pela crise da dívida.
O novo Governo, composto por 41 ministros e secretários de Estado, entre eles apenas uma mulher, tomará posse nesta terça às 09h30 GMT (06h30 de Brasília).
Para o principal partido opositor, a esquerda radical Syriza, o novo governo é "apenas uma reciclagem de pessoas (...) que atende às exigências" dos credores da UE e do FMI.