O ex-juiz espanhol Baltasar Garzón anunciou nesta quarta-feira que não assumirá a defesa de Edward Snowden, o ex-consultor da Agência Nacional de Segurança (NSA) americana que revelou o programa de vigilância eletrônica dos Estados Unidos.
"Informo que o escritório de advogados ILOCAD decidiu não assumir a defesa dos interesses do Sr. Snowden", afirma em um comunicado Garzón, que agora dirige um gabinete jurídico em Madri e trabalha há alguns meses na defesa do australiano Julian Assange, fundador do WikiLeaks.
O ex-juiz, que não explicou os motivos da decisão, havia anunciado na segunda-feira ter recebido um pedido de Snowden para que assumisse sua defesa. Garzón destacou que estudaria o caso antes de um pronunciamento.
"Continuaremos com a representação do Sr. Assange e do WikiLeaks na defesa do direito fundamental à liberdade de de informação e de expressão", afirmou Garzón no comunicado.
Assange, cujo site WikiLeaks revelou uma gigantesca quantidade de documentos secretos da inteligência e da diplomacia americana, está refugiado na embaixada do Equador em Londres para escapar de um pedido de extradição da Suécia, país onde é acusado de supostos crimes sexuais.
O australiano se nega a ser extraditado para a Suécia porque teme que Estocolmo o extradite em seguida aos Estados Unidos.