Os episódios de violência mais recentes aconteceram na sexta-feira, 28, na região de Hotan. Em um dos incidentes, mais de 100 pessoas em motocicletas e armadas com facas tentaram invadir uma delegacia de polícia no condado de Karakax, informou o Global Times. Em outro episódio, um grupo armado realizou um ataque na cidade de Hanairike, segundo o portal de notícias do governo regional de Xinjiang, sem dizer que tipo de arma o grupo usava.
A agência estatal de notícias Xinhua informou a ocorrência de um "ataque violento" na tarde de sexta-feira em um calçadão do centro da cidade de Hotan. Não houve vítimas dos dois ataques que, segundo a agência, foram rapidamente controlados. O novo portal de notícias do governo, o Tianshan Net, informou que não houve vítimas em Hanairike.
O ativista uigur exilado Dilxat Raxit, porta-voz do Congresso Mundial Uighur, sediado na Alemanha, contestou as informações, dizendo que houve vários protestos na área de Hotan contra o que os uighures chamam de políticas repressivas em Xinjiang. Segundo ele, 48 pessoas foram detidas.
"Trata-se de uma crise de sobrevivência", disse Dilxat Raxit, que pediu o envio de observadores internacionais para a região para ajudar a conter o que ele chamou de violência excessiva contra os uighures.
Xinjiang abriga uma grande população da minoria muçulmana uighur numa região que faz fronteira com a Ásia central, Afeganistão e Paquistão, e tem sido palco de numerosos atos violentos nos últimos anos.