A Alta Comissária da ONU para Direitos Humanos, Navi Pillay, expressou nesta sexta-feira preocupação com as várias prisões de personalidades importantes da Irmandade Muçulmana no Egito e pediu às partes envolvidas no conflito que respeitem as liberdades fundamentais, depois do golpe de Estado que derrubou o presidente Mohamed Mursi na quarta-feira.
"Não deve haver mais violência, prisões arbitrárias nem atos ilegais de punição", disse Pillay em um comunicado.
"É preciso que se tomem importantes medidas para prender e investigar a espantosa - e em alguns casos aparentemente organizada - violência sexual contra as mulheres manifestantes", acrescentou.
O porta-voz de Pillay, Rupert Colville, afirmou aos jornalistas em Genebra que não estão claras as bases de detenção de algumas pessoas, incluindo Mursi e alguns membros importantes da Irmandade Muçulmana.
"É muito importante que as autoridades abordem este tema", disse Colville.
Pillay declarou que os valores internacionais dos direitos humanos - incluindo a liberdade de expressão e de reunião - devem ser respeitados.