Jornal Estado de Minas

Confrontos entre pró e anti-Mursi sacodem o Egito

AFP

Confrontos entre partidários e opositores ao presidente deposto Mohamed Mursi e entre pró-Mursi e a polícia foram registrados nesta sexta-feira em todo o Egito, informou a agência de notícias oficial Mena.

No Cairo, pelo menos três pessoas foram mortas em um tiroteio entre partidários do presidente deposto e soldados em frente à sede da Guarda Republicana, constatou um jornalista da AFP.

As autoridades falam de uma morte na praça Rabaa al-Aadaouiya, em Nasr City, subúrbio do Cairo, onde dezenas de milhares de islamitas se reuniram, segundo um funcionário do Ministério da Saúde.

No norte do Sinai, partidários de Mursi atacaram um prédio do governo em El-Arish, indicou a Mena, acrescentando que a polícia disparou para o ar para dispersá-los.

Antes do amanhecer, a violência irrompeu na península, onde um soldado foi morto e dois ficaram feridos em ataques simultâneos efetuados por militantes islâmicos contra delegacias de Polícia e militares, de acordo com uma fonte médica.

Em Ismailiya, o Exército disparou para o ar para dispersar os manifestantes que atacaram uma sede da Alfândega.

Na segunda maior cidade do país, Alexandria (norte), a polícia recebeu reforços e usou gás lacrimogêneo para impedir confrontos entre manifestantes favoráveis e contrários a Mursi no bairro de Sidi Gaber.

Na província de Beheira, os confrontos deixaram seis feridos, segundo a agência, citando uma fonte oficial.

Em Suez, os islâmicos jogaram pedras contra as forças de segurança, que logo depois dispersaram uma manifestação ao longo do canal.

Os islamitas lançaram uma "sexta-feira da recusa" ao "golpe militar" e ao "Estado policial", que prendeu muitos líderes da Irmandade Muçulmana, movimento ao qual Mursi pertence.

Os opositores responderam convocando novos protestos em massa para "defender a revolução de 30 de junho", referindo-se ao dia das maiores manifestações contra o presidente deposto.