Jornal Estado de Minas

Símbolos nazistas feitos com vegetação ainda sobrevivem na Alemanha

Regime de Adolf Hitler deixou marcas até na flora do país

A suástica floral de Brandenburgo, a mais famosa da Alemanha: árvores foram cortadas em 2000 para acabar com símbolo nazista - Foto: REUTERS/Adam Tanner
Após a Segunda Guerra Mundial, a Alemanha empreendeu grandes esforços para desvincular-se da suástica, símbolo do condenável regime nazista. Contudo, algumas delas resistem em locais inusitados. O governo tem cortado árvores e plantas que tenham sido dispostas de modo a fazer referência ao período em que o país era liderado por Adolf Hitler, mas algumas delas seguem vivas décadas após a morte do ditador.
O exemplo mais famoso ocorreu em um bosque em Brandenburgo, nos arredores de Berlim, onde cerca de 140 árvores formavam uma suástica gigante, que ocupavam uma área de aproximadamente 20 metros quadrados. O símbolo só era visível do céu e durante o outono, quando as árvores, da espécie lariço, afloravam. O governo alemão fez várias de remoções e cortes no ano 2000 para se livrar da suástica no loval. Porém, há notícias de formações vegetais semelhantes em outros locais, como em Wiesbaden-Naurod, no norte da Alemanha.

Existem muitas teorias para explicar a formação das suásticas florais na Alemanha. Alguns pesquisadores dizem que a de Brandenburgo pode ter sido plantada depois da Segunda Guerra, para ser uma espécie de marco para o conflito. Contudo, a teoria mais aceita é de que o símbolo teria sido obra do Serviço Trabalhista do Reich.

Há décadas, suásticas e outros símbolos que façam menção ao nazismo são proibidos na Alemanha. As árvores normalmente são cortadas para evitar que se tornem pontos de peregrinação para membros da extrema-direita e neonazistas.