O ex-comandante do cruzeiro Costa Concordia Francesco Schettino, de 52 anos, começa a ser julgado nesta quarta-feira (17), na cidade de Grosseto, na Itália. A primeira audiência do julgamento ocorreu há pouco mais de uma semana e durou apenas 15 minutos porque havia uma greve dos advogados. No acidente, em 13 de janeiro de 2012, 32 pessoas morreram e 64 ficaram feridas. O ex-comandante é acusado de vários crimes.
A acusação diz que Schettino foi negligente e responsável pelas mortes, além de abandonar o navio e causar danos ambientais. A pena para ele pode ser superior a 20 anos. Schettino alega que não saiu do navio, mas caiu acidentalmente em um bote salva-vidas e diz que coordenou a operação.
Há suspeitas de que Schettino tenha feito uma manobra arriscada. O julgamento reúne 250 pessoas que apresentaram queixas e 450 testemunhas que poderão ser chamadas a depor. O acidente com o Costa Concordia, segundo investigações, ocorreu depois que o cruzeiro se chocou com as rochas em frente à Ilha de Giglio. Na embarcação havia 4.229 passageiros de 70 nacionalidades a bordo.
O navio tombou, causando pânico entre os passageiros, cuja retirada foi complicada em decorrência de falhas em alguns botes salva-vidas. Várias pessoas foram forçadas a se jogar no mar. Schettino está em liberdade desde o último dia 5, até então, ele cumpria prisão domiciliar em Meta di Sorrento, no Sul de Itália.