Cinco réus no julgamento do naufrágio do navio de cruzeiro Costa Concordia, em janeiro de 2012 (32 mortos), foram condenados neste sábado a penas que variam de dois anos e dez meses a um ano e seis meses de prisão, informou a imprensa. O Tribunal italiano de Grosseto (Toscana) concedeu aos acusados o chamado "pattegiamento", que permite um acordo amigável quanto as sanções em troca de, pelo menos, o reconhecimento parcial da culpa.
Este último foi quem recebeu a pena mais dura, de dois anos e dez meses de prisão. O gerente de bordo, Manrico Giampedroni, recebeu dois anos e seis meses de prisão e o oficial de bordo, Ciro Ambrosio, foi condenado a um ano e 11 meses de detenção. O timoneiro indonésio, Jacob Rusli Bin, foi condenado a um ano e oito meses, enquanto outra oficial à bordo, Silvia Coronica, foi condenada a um ano e seis meses, a menor pena.
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Vídeo é admitido como prova em julgamento de comandante do Costa ConcordiaDefesa do capitão do Costa Concordia pede acordo amigávelEx-comandante do Costa Concordia vai a julgamento na ItáliaCiro Ambrosio teve sua pena diminuída graças à ajuda que forneceu aos passageiros quando eles tentavam deixar o navio. O naufrágio do navio de cruzeiro terminou com a morte de 32 pessoas próximo a pequena ilha de Giglio, na Toscana. Advogados do capitão Schettino consideram que a justiça tem aplicado "dois pesos e duas medidas" entre, por um lado, Francesco Schettino, e, por outro, as outras cinco pessoas que também tiveram responsabilidade no desastre.
A perspectiva da negociação das penas provocou a ira das vítimas, que querem justiça para seus mortos. Na noite de 13 de janeiro de 2012, o navio de 114.500 toneladas atingiu um rochedo perto da costa e encalhou com 4.229 pessoas a bordo, incluindo 3.200 turistas.
Trinta e duas pessoas morreram, dois corpos nunca foram encontrados. Entre as 250 parte civis do processo estão a Costa Crociere (grupo Carnival), proprietária do navio, o Estado italiano e a ilha de Giglio, onde a enorme carcaça repousa perto do porto.