Membros da família de Nelson Mandela, que este mês vencerama batalha legal contra o neto do ex-líder sul-africano, receberam assistência jurídica gratuita alegando pobreza, segundo o jornal Sunday Times.
O tribunal, que decidiu a favor dos 16 membros da família Mandela, ordenou o neto mais velho do ícone da luta contra o apartheid, Mandla, que devolvesse os restos mortais de três filhos de Mandela ao cemitério de origem, depois de terem sido exumados sem prévia autorização da família.
O Sunday Times informou que os gastos legais dos 16 membros da família Mandela foram pagos por um consultório jurídico de Grahamstown (sudeste).
Este consultório jurídico da Universidade de Rhodes, que é financiado pelo governo sul-africano e governos estrangeiros, assim como através de doações, oferece ajuda jurídica a pessoas carentes que vivem na área de Grahamstown, mas fez uma exceção para a família Mandela.
No entanto, a maioria dos autores da ação, entre os quais figuram a esposa de Mandela, Graça Machel, suas filhas Makaziwe e Zenani, e vários de seus netos, ocupa cargos de diretores de empresas e de negócios vinculados à marca Mandela.
Zenani Mandela é embaixadora da África do Sul na Argentina.
Mandla Mandela decidiu sozinho, em 2011, transferir o corpo de seu pai, de sua tia e de seu tio ao povoado natal de seu avô, Mvezo, do qual é o chefe tradicional, por isso os 16 membros de sua família recorreram à justiça para transferir os restos a Qunu, onde Nelson Mandela deseja ser enterrado.