Um americano suspeito de ser um assassino em série que se inspirou no famoso "Estrangulador de Cleveland" foi indiciado nesta segunda-feira por homicídio qualificado pela morte de três mulheres, mas a polícia alertou que pode haver mais vítimas.
A polícia acredita que novas vítimas podem ser descobertas em East Cleveland, Ohio (norte), subúrbio da cidade onde foram encontrados os corpos das três mulheres assassinadas, todas de raça negra.
Os corpos das três mulheres foram encontrados em sacos plásticos. O primeiro foi encontrado na sexta-feira em uma garagem, de onde emanava um odor nauseante, segundo informou o sargento Scott Gardner em um comunicado.
Os outros dois corpos foram achados no sábado.
Um deles foi encontrado perto do primeiro cadáver, enquanto o terceiro estava em uma casa abandonada.
"As buscas por mais vítimas continuam", afirmou Gardner.
"Esta é uma investigação em curso. Não estamos nem perto de ter terminado", afirmou o chefe da polícia de East Cleveland, Ralph Spotts.
"Temos informação de que pode haver mais disto, e por isso continuamos com as buscas".
Mais de 100 voluntários ajudam a polícia a revistar os prédios da localidade.
O suspeito dos crimes, Michael Madison, de 35 anos, foi preso na casa da mãe depois de um confronto com policiais.
O prefeito de East Cleveland, Gary Norton, disse à CNN que Madison era influenciado e, inclusive, idolatrava Anthony Sowell, declarado culpado em 2011 de assassinar enze mulheres e esconder os corpos em sua casa, em Cleveland.
Sowell, chamado de "Estrangulador de Cleveland", está atualmente no corredor da morte em uma prisão em Ohio.
Madison, um delinquente sexual que já esteve preso, foi detido e sua liberdade está condicionada a uma fiança de seis milhões de dólares depois de um breve comparecimento ante a justiça.
O médico legista do condado disse que os três corpos estavam muito decompostos, por isso a necropsia não conseguiu determinar as causas da morte.
Uma das vítimas foi identificada como Angela Deskins, de 38 anos.
Cleveland é a mesma cidade onde o ex-motorista Ariel Castro, de 52 anos, é acusado de ter mantido em cativeiro e abusado sexualmente de três mulheres durante uma década em sua casa.
O caso foi revelado depois que uma das vítimas, Amanda Berry, de 27 anos, conseguiu escapar com sua filha no dia 6 de maio, com a ajuda de um vizinho.