Leia Mais
Violência acirra crise instalada no início do mês no EgitoConfrontos sangrentos deixam pelo menos 72 mortos no CairoGoverno egípcio ordena fim de manifestações pró-MorsiNa sexta-feira (26), novamente milhões de pessoas tomaram as ruas em uma demonstração de apoio ao general Abdel-Fattah el-Sissi, o líder militar que depôs Morsi. Esses protestos foram uma resposta ao pedido do general para ter um mandato e para que a polícia desse um fim ao que ele chamou de violência e potencial terrorismo.
Ibrahim, que foi nomeado por Morsi, acusou os defensores do presidente deposto de provocar o derramamento de sangue e sugeriu que as autoridades podem agir contra os dois principais acampamentos de apoiadores do ex-presidente: um ao lado da mesquita Rabaah al-Adawiya e outro na praça Nahda, ambos no Cairo.
As autoridades admitem que a vasta maioria dos mortos nos conflitos são manifestantes, mas o Ministério do Interior afirmou que alguns policiais ficaram feridos e ainda não está claro se civis que se alinharam à polícia estão entre os mortos.
A diretora de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Navi Pillay, emitiu um comunicado condenando a violência. "Temo pelo futuro do Egito se os militares e outras forças de segurança, bem como alguns manifestantes, continuarem tomando uma abordagem tão confrontadora e agressiva. Os defensores da Irmandade Muçulmana têm o direito de protestar pacificamente como qualquer um", disse.