Os Estados Unidos lançaram nesta sexta-feira um alerta de que a rede Al-Qaeda poderá realizar um ataque no Oriente Médio ou no norte da África durante o mês de agosto.
Segundo o Departamento de Estado, os ataques poderão ocorrer "particularmente no Oriente Médio e no norte da África", ou ainda na Península Arábica.
"As informações atuais sugerem que a Al-Qaeda e suas organizações afiliadas continuam planejando ataques terroristas conjuntos na região e para além dela. Poderão concentrar suas forças em ataques no período que vai de hoje ao final de agosto", ressalta um alerta de viagem emitido pelo Departamento de Estado aos cidadãos americanos em todo o mundo.
O alerta indica "a possibilidade de que os terroristas ataquem os sistemas de transporte público e outras infraestruturas utilizadas pelos turistas".
Leia Mais
EUA fecharão embaixadas em países islâmicos após ameaçaPor questões de segurança, EUA anunciam o fechamento de embaixadas pelo mundoReino Unido fecha embaixada no Iêmen por razões de segurançaAs embaixadas envolvidas são basicamente as localizadas no mundo árabe e a lista também inclui duas embaixadas em nações muçulmanas não-árabes, Afeganistão e Bangladesh, assim como representações americanas em Israel. As embaixadas e consulados postaram a informação do fechamento no domingo em seus sites.
A porta-voz do Departamento de Estado, Marie Harf, disse que o governo avaliará suas opções depois de domingo. Também indicou que algumas embaixadas e consulados podem decidir prolongar o fechamento pelo tempo que considerarem necessário. Harf se recusou a especificar em que lugar exato foram detectadas essas ameaças.
Nancy Pelosi, líder do Partido Democrata na Câmara de Representantes, afirmou que os líderes do Congresso receberam um relatório a respeito da ameaça. "Existe um entendimento sobre a seriedade da ameaça", afirmou à imprensa.
O republicano Jason Chaffetz, que é muito crítico em relação à política de segurança do governo de Barack Obama, também afirmou que existe "uma ameaça mundial bem real". "Existem ameaças que pairam sobre nós numa base diária, mas agora isso chegou a um novo nível", declarou à CNN.
Os Estados Unidos aumentaram suas medidas de segurança desde o ataque ao consulado do país em Benghazi, na Líbia, em 11 setembro do ano passado.
O ataque causou a morte de quatro americanos, incluindo o embaixador Chris Stevens. O fato levou os republicanos a acusarem o Departamento de Estado de não tomar precauções suficientes para proteger seus diplomatas.
A ex-secretária de Estado Hillary Clinton aceitou a responsabilidade pelo ataque em Benghazi, mas explicou que os pedidos por mais segurança não chegaram até os oficiais da esfera superior.
Chaffetz acrescentou que o alerta dessa mais recente ameaça mostra a necessidade de que sejam implementados mais programas de combate ao terrorismo no país.