O presidente uruguaio José Mujica está disposto a submeter a referendo o projeto de legalização da maconha, promovido por seu governo e que há alguns dias foi parcialmente sancionado pelo Congresso.
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Mujica defenderá na ONU a legalização da maconhaLegalização da maconha "deixa o país na vanguarda", afirma presidente uruguaioCâmara do Uruguai aprova legalização da maconhaMujica defende que Mercosul apoie processo de paz colombiano Presidente do Uruguai diz que voltará atrás se maconha ficar fora de controlePrimeiro casamento gay é realizado no UruguaiCasal entra com primeiro pedido de registro de casamento gay no UruguaiA Câmara dos Deputados uruguaia aprovou na madrugada de quarta-feira passada o projeto de lei que legaliza a produção e o consumo da maconha, enviando o expediente ao Senado, também controlado pelos governistas da Frente Ampla.
O texto, aprovado por 50 dos 96 deputados presentes, após quase 14 horas de debate, pretende fazer do Estado uruguaio o primeiro do planeta a assumir o controle de todo o processo de produção e venda da maconha.
Além de legalizar a maconha e ter lançado duras medidas contra o cigarro, em 2006, o governo uruguaio também enviou ao Parlamento um projeto de lei para regular o mercado do álcool, principalmente limitando a propaganda de bebidas alcoólicas.
O projeto de lei - apresentado em junho de 2012 em um pacote de medidas para combater o aumento da violência - prevê o controle do Estado sobre a importação, o plantio, o cultivo, a colheita, a produção, a aquisição, o armazenamento, a comercialização e a distribuição da maconha e de seus derivados.
Após o devido registro, os usuários poderão comprar até 40 gramas mensais de maconha nas farmácias, mas também será permitido o cultivo para consumo próprio.
Holanda, Espanha e alguns estados americanos permitem a produção, o cultivo em clubes ou o consumo de maconha com restrições, de acordo com os casos, mas o Uruguai será o primeiro país do mundo em que o Estado controlará a venda ao consumidor.