Os sírios refugiados fora do país enfrentam riscos de recrutamento de crianças soldados, a violência sexual e a exploração da mão de obra, destaca um relatório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).
O documento sobre a ajuda concedida aos quase 1,8 milhão de refugiados sírios dispersados nos países vizinhos se concentrou na situação na Jordânia, Líbano e Iraque.
"Há neste mundo pessoas diabólicas que buscam explorar as crianças que estão em situação vulnerável", comentou a porta-voz do Acnur, Melissa Fleming.
Quase 60% dos refugiados vivem fora dos acampamentos criados pelo Acnur com as autoridades dos países envolvidos, criando fortes dificuldades de funcionamento para as comunidades locais, incapazes de receber tantas pessoas.
O relatório insiste na situação nos acampamentos, em particular o de Zaatari, na Jordânia, que recebe 130.000 pessoas, o equivalente a duas grandes cidades do país.
O informe critica também o sistema jordaniano que torna possível aos refugiados morar fora dos acampamentos caso tenham um cidadão jordaniano que os apoiem, mas que generalmente ficam com o auxílio de 500 dólares.