Foi reduzida de 136 para 90 anos a pena máxima que poderá ser imposta ao soldado americano Bradley Manning, de 25, responsável pelo maior vazamento de informações confidenciais da história dos Estados Unidos.

A informação foi divulgada pelo Exército nesta terça-feira, depois da decisão da juíza de consolidar certas penas.

Em 30 de julho passado, o soldado foi declarado culpado por 20 das 22 acusações que foram atribuídas a ele, principalmente cinco violações da Lei de Espionagem. Ele foi inocentado, porém, da acusação mais grave: a de colaborar com o inimigo.

Em uma audiência dedicada para estabelecer a pena, nesta terça, a juíza Denise Lind considerou que "algumas acusações se duplicavam, no que diz respeito à sentença". Por esse motivo, elas foram fundidas, explicou o Exército, sem especificá-las.

Manning, que admitiu ter transmitido cerca de 700 mil documentos diplomáticos e militares para o site WikiLeaks, poderá cumprir até 90 anos de prisão por acusações de espionagem, fraude virtual, roubo de informação do governo e desobediência ao Exército. O soldado se declarou culpado de dez dessas acusações, o que totalizaria 20 anos de prisão.

O julgamento, que começou no início de junho na base de Fort Meade, ao norte de Washington, deve ser concluído em 23 de agosto. Nesta semana, continuam as audiências de testemunhas da defesa e da acusação para definir a duração da pena.