Um grande incêndio que não deixou vítimas e de causas ainda desconhecidas devastou nesta quarta-feira o aeroporto internacional de Nairóbi, o centro de tráfego aéreo mais importante do leste da África, e obrigou as linhas aéreas a anular ou desviar todos os voos.
Durante várias horas foram observadas chamas gigantescas e enormes nuvens de fumaça no aeroporto internacional Jomo Kenyatta (JKIA).
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Sobe para seis o número de mortos em explosão em edifício de RosarioQuênia chegou a deter suspeito de ataque em LondresAtentado em mesquita de Nairóbi deixa ao menos cinco mortosIncêndio florestal ameaça casas na CalifórniaO diretor da Kenya Airways, Titus Naikuni, informou que um funcionário da companhia aérea e um passageiro, que inalaram gases tóxicos, foram hospitalizados.
A presidência queniana anunciou que os voos domésticos e de transporte de mercadorias serão retomados na tarde de quarta-feira.
A causa do incêndio permanece indeterminada, mas o chefe de polícia David Kimaiyo anunciou uma investigação e pediu que a população permaneça calma. Os voos previstos para Nairóbi foram desviados para outros aeroportos, entre eles o da cidade de Mombaça, na costa do Oceano Índico. As companhias British Airways e KLM (Holanda) também foram obrigadas a anular voos.
Dezenas de milhares de passageiros podem ser afetados pelo fechamento de um dos principais centros aéreos do continente africano.
O aeroporto JKIA tem muitos voos domésticos, mas também embarques para várias capitais africanas e países da Europa, Ásia e Oriente Médio.
Segundo a aviação civil, em 2012 o aeroporto recebeu 6,2 milhões de passageiros, com um fluxo intenso no mês de agosto, quando turistas de todo o mundo visitam o país atraídos por suas reservas de animais selvagens e praias.
O presidente do Quênia, Uhuru Kenyatta, cujo pai, primeiro presidente do país, dá nome ao aeroporto, visitou o terminal para avaliar os danos.
Mutea Iringo, funcionário do ministério do Interior, afirmou que as zonas de desembarque e imigração ficaram totalmente destruídas. "É uma crise grave", afirmou Michael Kamau, do ministério dos Transportes. "Em todo o aeroporto reina o caos", afirmou Sylvia Amondi, que esperava o desembarque de uma pessoa no JKIA. "Os restaurantes e as lojas foram destruídos. O teto da área de desembarque internacional desabou", disse. "A brigada de bombeiros do aeroporto atuou rapidamente, mas não havia funcionários suficientes", destacou. "Oficiais do exército e policiais chegaram com baldes para apagar o fogo", completou.