Jornal Estado de Minas

Argentinos vão às urnas no domingo para primárias

Eleitores irão escolher candidatos que disputarão vagas na Câmara e no Senado, em outubro

Agência Estado
Cristina Kirchner foi eleita com 54% dos votos no último pleito, ocorrido em 2011 - Foto: AFP PHOTO/Emmanuel Dunand
A Argentina vai às urnas no domingo em eleições primárias dos partidos políticos para escolher os candidatos que vão disputar metade das vagas na Câmara dos Deputados e um terço no Senado em outubro. O voto nas primárias é obrigatório e 30,5 milhões de eleitores estão aptos a votar, 5,8% a mais que no último pleito, realizado em 2011, quando Cristina Kirchner foi reeleita com 54% dos votos. A grande disputa será feita entre os candidatos da província de Buenos Aires, distrito eleitoral que definirá as eleições presidenciais de 2015. E não será simples.
O candidato opositor da Frente Renovadora, Sergio Massa, teria apenas 2,7 pontos à frente do governista Martín Insaurralde, da Frente pela Vitória (FPV), conforme pesquisa realizada pela consultoria Poliarquía. Massa tem uma intenção de votos de 32,8%, seguido por Insaurralde com 30,1%. Os demais opositores mais bem posicionados aparecem bem distantes. Francisco de Narváez/Frente Unidos pela Liberdade tem 13,2% e Margarita Stolbizer /Frente Cívico, 12,9%.

A pesquisa foi realizada nas grandes capitais com um universo de mil entrevistas. Na Argentina, o sistema de eleição é pelo voto proporcional por meio de lista fechada, com um líder que puxa os votos para os demais. Os candidatos que encabeçam as listas partidárias chegam às primárias sem adversários, com chapa única. Mas a briga valerá muito mais que as vagas parlamentares. Estas eleições começam a definir o quadro sucessório de Cristina Kirchner.

Para realizar uma reforma constitucional capaz de habilitá-la a um terceiro mandato, os cristinistas/kirchneristas precisam ampliar a atual bancada de 135 deputados para 172 e a de senadores de 38 para 48. Todos os analistas políticos e pesquisas de opinião descartam esta possibilidade, mas apontam para uma ampliação da base governista na Câmara e uma possível perda de dois assentos no Senado.