A Argentina vai às urnas no domingo em eleições primárias dos partidos políticos para escolher os candidatos que vão disputar metade das vagas na Câmara dos Deputados e um terço no Senado em outubro. O voto nas primárias é obrigatório e 30,5 milhões de eleitores estão aptos a votar, 5,8% a mais que no último pleito, realizado em 2011, quando Cristina Kirchner foi reeleita com 54% dos votos. A grande disputa será feita entre os candidatos da província de Buenos Aires, distrito eleitoral que definirá as eleições presidenciais de 2015. E não será simples.
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Candidato de Kirchner diminui vantagem sobre opositor nas primárias argentinasMilhares ignoram luto na Argentina para protestarUso da imagem do Papa incendeia campanha eleitoral argentinaA pesquisa foi realizada nas grandes capitais com um universo de mil entrevistas. Na Argentina, o sistema de eleição é pelo voto proporcional por meio de lista fechada, com um líder que puxa os votos para os demais. Os candidatos que encabeçam as listas partidárias chegam às primárias sem adversários, com chapa única. Mas a briga valerá muito mais que as vagas parlamentares. Estas eleições começam a definir o quadro sucessório de Cristina Kirchner.
Para realizar uma reforma constitucional capaz de habilitá-la a um terceiro mandato, os cristinistas/kirchneristas precisam ampliar a atual bancada de 135 deputados para 172 e a de senadores de 38 para 48. Todos os analistas políticos e pesquisas de opinião descartam esta possibilidade, mas apontam para uma ampliação da base governista na Câmara e uma possível perda de dois assentos no Senado.