Espera-se que o herdeiro do trono seja politicamente neutro, mas Charles, de 64 anos, expressou opiniões fortes sobre questões que incluem educação, arquitetura, religião, meio ambiente, alimentos orgânicos e homeopatia.
As reuniões incluíram sete com ministros responsáveis por energia e mudança climática e cinco com ministros do meio ambiente.
Em um editorial, o jornal, que é favorável à família real, acusou Charles de uma "campanha de intromissão". "Ao fazer lobby com ministros a portas fechadas, o príncipe parece estar usando sua posição para manipular a política", acrescentou o jornal.
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Cerco ao neto de CharlesPríncipe Charles determinado a lutar contra as mudanças climáticasAntimonarquista neozelandês tentou atacar príncipe CharlesGoverno inglês terá que entregar cartas do príncipe CharlesPríncipe Charles dará entrada em aposentadoriaO escritório afirmou também que as reuniões eram parte das preparações de Charles para o próximo monarca e que ele contribuiu com "ideias, perspectivas e conhecimento construídos durante 40 anos de experiência em uma variedade de áreas com o intuito de transformar vidas e construir comunidades sustentáveis".
A monarquia constitucional britânica não tem nenhum poder político, mas se reúne regulamente com primeiros-ministros e outros políticos para conversar sobre eventos do dia. Em contraste com seu filho, a rainha Elizabete II não expressava suas opiniões pessoais.
Essa não é a primeira vez que surgem preocupações sobre as atividades políticas de Charles. O governo e o Tribunal Superior do país bloquearam uma tentativa do jornal The Guardian para forçar a divulgação de cartas do príncipe para funcionários do governo.
O procurador-geral Dominic Grieve disse no ano passado que as cartas "particularmente francas" refletem as visões pessoais de Charles e podem passar a impressão aos britânicos de que o seu futuro monarca não é politicamente neutro. Fonte: Associated Press.