O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, declarou nesta quarta-feira guerra às "piranhas", como são chamadas as gangues especializadas no roubo de cabelo no estado de Zulia, e atribuiu o fenômeno a "uma campanha psicológica" promovida contra o país.
Durante um ato público no bairro de Petare, no leste de Caracas, Maduro ordenou à polícia especializada que investigue às "máfias que cortam os cabelos das garotas".
"Agora existe isto, roubam o cabelo de algumas meninas (...). Vamos prender esta gente (...). Que agressão é esta contra as garotas?! Nossas mulheres são sagradas. Saibam vocês que estão envolvidos que vamos castigá-los com força".
Segundo Maduro, a ação das "piranhas" faz parte de uma "guerra psicológica em todo o país", que tem origem na vizinha Colômbia.
Nas últimas semanas, as mulheres do Estado de Zulia têm prendido o cabelo diante dos diversos ataques contra jovens nas ruas. Uma boa quantidade de cabelo pode ser vendida por até 470 dólares no mercado.
Segundo a imprensa venezuelana, a ação das "piranhas" está se alastrando para outras cidades do país, como Caracas e Valencia.