Jornal Estado de Minas

EUA dizem que extremistas chiitas e sunitas ameaçam desestabilizar o Iraque

AFP

O secretário de Estado americano John Kerry expressou nesta quinta-feira seu alarme pelos riscos de desesstabilização representado pelos extremistas sunitas e xiistas no Iraque.

"O Iraque se encontra em meio a correntes regionais cada vez mais turbulentas, violentas e imprevisíveis. Os extremistas sunitas e xiitas têm a capacidade, se não forem controlados, de ameaçar a estabilidade do país", alertou Kerry ao receber seu colega iraquiano Hoshyar Zebari, cujo país sofre uma intensificação da violência, que faz temer uma retomada dos confrontos religiosos de 2006-2007.

Nesta quinta-feira, uma nova série de atentados em Bagdá deixou pelo menos 24 mortos.

As explosões de três carros-bomba e uma bomba colocada à beira de uma estrada atingiram três áreas da capital, duas delas de maioria xiita e uma região mista, sunita e xiita.

O ataque mais violento deixou sete mortos e 24 feridos, quando um carro-bomba explodiu um ponto de ônibus de Kadhimiyah, na zona norte da capital.

Outro carro-bomba explodiu em Baladiyat, perto do edifício do canal de televisão Al-Ahad, ligado aos xiitas.

Até o momento os ataques não foram reivindicados, mas grupos armados sunitas, entre eles alguns relacionados com a Al-Qaeda, cometem com frequência atentados contra membros da comunidade xiita.

O país enfrenta desde o início de 2013 uma onda de violência, em paralelo a uma crescente revolta da minoria sunita, que desde dezembro organiza um movimento de protesto para denunciar discriminações.

Desde janeiro, 3.450 pessoas morreram em atentados e ataques no Iraque, segundo um balanço da AFP, o que representa uma média de 15 óbitos por dia.