O ministro britânico das Relações Exteriores, William Hague, advertiu neste domingo que as provas de ataques químicos do regime em Damasco "já podem estar destruídas".
"O fato é que a maior parte das provas já podem estar destruídas", disse Hague durante uma entrevista coletiva em Londres, horas após o regime do presidente Bashar al-Assad dar o sinal verde para uma inspeção da ONU na região onde teria ocorrido o ataque químico, nos subúrbios de Damasco, na quarta-feira passada.
"Algumas evidências podem ter sido danificadas nos últimos dias e outras, forjadas", advertiu Hague.
Seguindo os passos de Washington, o ministro britânico criticou o regime sírio por retardar a autorização aos especialistas da ONU para inspecionar o local.
"Devemos ser realistas sobre o que a equipe da ONU poderá obter" a partir de agora.
Hague se disse convencido da culpabilidade do regime em Damasco: "já há várias provas e todas apontam na mesma direção".
A oposição síria afirma que o ataque com armas químicas de quarta-feira matou 1.300 pessoas. A organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) divulgou no sábado 355 óbitos de pacientes que "apresentaram sintomas neurotóxicos" nos últimos dias na região de Damasco.