O líder cubano Fidel Castro classificou de corajosa as revelações do ex-técnico da inteligência americano Edward Snowden sobre a espionagem dos Estados Unidos e desmentiu que alguém, em nome de Cuba, tenha negado a ele permissão para viajar para a ilha.
"Ignoro se alguém em algum lugar tenha dito não a Snowden porque essa não é minha tarefa, mas não estaria de acordo se alguém, quaisquer fossem seus méritos, pudesse falar em nome de Cuba e negasse a ele permissão para viajar para a ilha", escreveu Fidel, de 87 anos, em mais um artigo publicado na imprensa local.
O jornal russo Kommersant afirmou na segunda-feira que, segundo fontes bem informadas, Snowden não pôde embarcar em um voo para a ilha porque as autoridades cubanas informaram que a aeronave não teria autorização para aterrissar, evitando assim complicações com Washington.
"Admiro a corajosa e justas declarações de Snowden, que, a meu ver, prestou um serviço ao mundo ao revelar a política repugnantemente desonesta do poderoso império que mente e engana o mundo", assinalou Fidel em seu argigo "A mentira tarifada", publicado no jornal oficial Granma.