O presidente da Bolívia, Evo Morales, pediu nesta quarta-feira que o Brasil devolva o senador opositor Roger Pinto Molina, refugiado no país desde o último sábado.
Segundo o presidente boliviano, o senador deve ser devolvido para que possa ser julgado pelos crimes de corrupção. Morales ainda afirmou que o político oposicionista não é perseguido político, mas apostou na tese de que a fuga do senador para o Brasil seria uma prova de sua delinquência.
"É importante devolver Roger Pinto à justiça boliviana e que ele seja julgado como qualquer autoridade que esteja envolvida em casos de corrupção", afirmou. Questionado pelos jornalistas sobre o que faria, caso a Bolívia enfrentasse um caso parecido, sugeriu: "Eu poria esse corrupto na fronteira".
Entenda o caso
Segundo o diplomata, o senador vivia em condições precárias dentro do prédio da embaixada há um longo tempo e caso a operação não fosse realizada, "havia risco iminente à vida e à dignidade do senador".
A decisão culminou no pedido de demissão do ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota.
Pinto Molina responde a 20 processos por desacato, venda de bens do Estado e corrupção. Na Bolívia, foi condenado a um ano de prisão por "abandono do dever" e "dano econômico ao Estado". O parlamentar alega que todas as acusações seriam fruto de perseguição política, já que faz oposição ao governo de Evo Morales e teria entregado informações sobre supostas ligações de autoridades com o narcotráfico.
Com informações da Agência AFP