Jornal Estado de Minas

Mais de 37.000 cubanos e 10.000 estrangeiros estudam medicina em Cuba

Importação de médicos causou debates no Brasil

AFP
Mais de 37.000 cubanos e 10.000 estrangeiros iniciaram ou completaram seus estudos de medicina em Cuba, enquanto outros 40.000 seguiram carreiras e cursos técnicos na área da saúde, informou nesta sexta-feira o jornal oficial Granma.
"Apenas em Medicina, nos seis anos que demandam seus estudos, a matrícula de alunos chegou a 47.676, dos quais 37.302 são cubanos e 10.374 jovens procedentes de outros países", indica o jornal.

Há mais de 13 anos, Cuba concede diplomas a estudantes estrangeiros que ingressam no curso de medicina na ilha, fundamentalmente na Escola Latinoamericana de Medicina (ELAN).

Contudo, desde 2012, foram adotadas novas modalidades para alunos que podem pagar por seus estudos. Segundo relatório da Prensa Latina, 900 estudantes sul-africanos pagaram mais de 10 milhões de dólares em 2012.

Além de manter o sistema nacional de saúde, cerca de 60.000 médicos e paramédicos cubanos trabalham em mais de 50 países, a metade deles na Venezuela, e seu trabalho, além do de outros profissionais como professores e treinadores esportivos, arrecada para o país mais de 6 bilhões de dólares, sendo a principal fonte de ingresso da ilha, superando o turismo, os impostos e a exportação de bens.

"O ano escolar 2013-2014, que se inicia na próxima segunda-feira 2 de setembro, receberá em suas aulas 85. 871 estudantes de Ciências Médicas, segundo dados preliminares, que abarca dois níveis de ensino: o superior, com 13 carreiras, e o técnico com 24", indica a revista.

No final de 2012, Cuba dispunha de mais de 85.000 médicos para uma população de 11,1 milhões de habitantes, um médico para cada 137 pessoas, segundo dados do Escritório Nacional de Estatísticas, o que deixa a ilha em uma posição privilegiada a nível internacional.