"Madiba ainda está no hospital em Pretória e permanece em estado crítico, mas estável", disse, chamando o primeiro presidente negro do país por seu nome de clã, carinhosamente adotado pela maioria dos sul-africanos.
BBC, CNN e Sky News - citando sua filha Zindzi - haviam afirmado que o herói da luta anti-apartheid, que escapou por pouco da morte no final de junho, voltou para sua casa em Joanesburgo. A situação era muito tranquila em frente à residência do ex-presidente, onde estavam reunidos cerca de vinte jornalistas e técnicos.
Questionado pela AFP sobre uma possível alta de Nelson Mandela, o porta-voz da presidência, Mac Maharaj, declarou: "São rumores. Eu lhe dei uma declaração factual, com base no que os médicos me disseram. Não irei comentar rumores, não comentarei especulações sobre o futuro. "
Sobre Mandela, Maharaj indicou, como em seu último comunicado de 24 de agosto, que "às vezes, o seu estado de saúde é mais delicado, mas ele responde a intervenções médicas".
Ele observou que o estado do paciente mais famoso do país não evoluiu nos últimos dias.
Em uma versão anterior, de 11 de agosto, a presidência declarou que Nelson Mandela fazia uma "progresso lento, mas constante", mas que permanecia "em estado crítico".
E a mais jovem de suas filhas, Zindzi, chegou a assegurar, no dia 9 de agosto, que seu pai estava "cada dia mais alerta e receptivo", e que conseguia se sentar por alguns minutos por dia.
Nelson Mandela, herói da luta contra o apartheid, foi hospitalizado em caráter de urgência em 8 de junho por uma infecção pulmonar e desde 23 de junho se encontra em estado "crítico".
Nos últimos dois meses, a saúde do prêmio Nobel da Paz tem sido motivo de grande preocupação na África do Sul.
O governo da África do Sul tem sido discreto em torno do estado de saúde de Mandela, emitindo poucos e curtos comunicados e negando-se a fazer comentários específicos sobre sua condição.
A entrada do hospital em Pretória permanece tomada por cartazes, fotografias e flores ali deixadas em homenagem a Mandela.