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Estado de Minas

Quatro indianos são condenados à morte por estupro de estudante em Nova Délhi


postado em 13/09/2013 08:49

Os quatro acusados pelo estupro coletivo e morte de uma estudante em dezembro do ano passado em Nova Délhi foram condenados nesta sexta-feira à pena de morte, sob os aplausos do público.

O juiz Yogesh Khanna afirmou que este é um caso "muito pouco comum dentro de uma categoria pouco comum", o que justifica a condenação à morte.

"Nesta época em que os crimes contra as mulheres aumentam, o tribunal não pode fazer vista grossa a este ato espantoso", disse.

A sentença foi recebida com aplausos e o pai da vítima de 23 anos disse ter ficado satisfeito com a condenação.

"Estamos felizes. A justiça se pronunciou", declarou à imprensa.

Sua esposa afirmou que "por fim foram cumpridos os desejos" da filha.

Vinay Sharma, um dos quatro acusados - ao lado de Akshay Thakur, Pawan Gupta e Mukesh Singh - começou a chorar ao ouvir a sentença.

Na terça-feira, os quatro homens foram declarados culpados de todas as acusações apresentadas, incluindo estupro coletivo e assassinato.

Na audiência de quarta-feira, quando acusação e defesa apresentaram as alegações finais, o promotor Dayan Krishnan pediu a pena capital.

"A maneira como esta mulher foi torturada não pode despertar nenhuma compaixão pelos acusados", disse, antes de recordar a condenação anterior de um estuprador no país, que foi enforcado em 2004.

Os advogados de defesa afirmaram que o juiz tinha que resistir à "pressão política" e condenar os acusados à prisão perpétua.

V. K. Anand, que defende Mukesh Singh, disse que seu cliente dirigia o ônibus, "mas que não sabia o que acontecia dentro do veículo".

Os advogados anunciaram que apelariam da sentença, o que pode adiar durante vários anos a decisão final da justiça.

Um quinto acusado, que tinha 17 anos no momento do crime, foi condenado em agosto a três anos de prisão, a pena máxima para menores de idade.

Um sexto indivíduo, apresentado como o líder do grupo, foi encontrado morto em sua cela em março. A morte foi considerada suicídio pelas autoridades penitenciárias.

O julgamento dos quatro homens aconteceu com um procedimento acelerado e mais de 100 testemunhas foram interrogadas durante os sete meses de audiência. Também foi considerado o depoimento da vítima no hospital.

A estudante foi agredida com uma barra de ferro e estuprada em um ônibus no dia 16 de dezembro, quando voltava do cinema com o namorado. Depois de tentar pegar um riquixá, os dois jovens subiram em um ônibus habitualmente utilizado por estudantes, mas que estava ocupado por um grupo de homens que pegou o veículo para um "passeio noturno".

Dentro do ônibus, o namorado foi agredido, enquanto a jovem era violentada diversas vezes e agredida com uma barra de ferro enferrujada. Depois do crime, ela foi jogada nua para fora veículo.

Ela faleceu em consequência dos ferimentos graves em 29 de dezembro em um hospital de Cingapura.

Milhares de indianos indignados protestaram nas ruas contra o estupro e para exigir uma mudança de mentalidade no tratamento das mulheres na Índia.

Após o caso, que comoveu o país, as autoridades aprovaram uma legislação mais rígida para os crimes sexuais e introduziram a possibilidade de pena de morte para os estupradores que tenham provocado a morte de suas vítimas.


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