Milhares de simpatizantes do presidente islamita egípcio Mohamed Mursi protestavam nesta sexta-feira na capital e em várias cidades do país.
No último dia 14 de agosto foram registrados nesta região confrontos sangrentos entre milhares de manifestantes pró-Mursi, o exército e a polícia.
A destruição dos acampamentos dos manifestantes nas praças Rabaa al-Adaqiya, em Nasr City, subúrbio do Cairo, em Nahda, em frente à Universidade do Cairo, deixou centenas de mortos na ocasião.
Os protestos desta sexta-feira têm como lema "Lealdade ao sangue dos mártires". Muitos manifestantes carregavam fotografias de manifestantes pró-Mursi mortos nos confrontos e gritavam slogans como "Vamos obter os seus direitos (pelos quais eles lutaram) ou morreremos como eles".
Por outro lado, helicópteros do exército egípcio bombardeavam nesta sexta-feira supostas posições islamitas no norte do Sinai, dois dias após um grupo de insurgentes lançar um ataque contra soldados egípcios nesta instável península, informaram fontes de segurança.
O exército egípcio destruiu posições e veículos utilizados por estes grupos armados, informaram estas fontes. A operação seguia em andamento nesta sexta-feira, acrescentaram.
Na quarta-feira, seis soldados egípcios morreram na explosão de dois carros-bomba na península do Sinai, em plena operação militar contra grupos radicais.
Os ataques dos rebeldes jihadistas contra as forças de segurança se multiplicaram no Sinai desde que no dia 3 de julho o exército destituiu o presidente Mursi. A destituição foi seguida por uma sangrenta repressão contra as manifestações que pediam o retorno de Mursi.
O exército reagiu lançando uma ofensiva de grande alcance há mais de uma semana, bombardeando quase diariamente os refúgios dos jihadistas, considerados terroristas