Fidel Castro, de 87 anos e afastado do poder há sete, destacou que a Rússia "se manteve firme diante da insólita pretensão do governo dos Estados Unidos, ameaçando lançar um ataque demolidor contra as defesas sírias que poderia custar milhares de vidas ao povo desse país e desencadear um conflito de consequências imprevisíveis".
"O chanceler russo, Serguei Lavrov, falou em nome do governo desse valente país e talvez contribua para evitar, neste momento, uma catástrofe mundial", acrescentou o líder cubano.
Fidel destacou que "o povo americano se opõe fortemente a uma aventura política que afetaria, não apenas o seu próprio país, como também toda a Humanidade".
A inciativa russa levou Washington e Moscou a chegarem neste sábado a um acordo em Genebra para desmantelar o arsenal químico da Síria, depois de três dias de negociações entre Lavrov e o secretário de Estado americano, John Kerry.
O pacto, que obriga Damasco a apresentar uma lista de suas armas químicas dentro de uma semana, prevê que o Conselho de Segurança da ONU adote uma resolução autorizando o uso da força contra a Síria, caso o regime de Bashar al-Assad viole o compromisso estabelecido.