Jornal Estado de Minas

Vice-presidente do Quênia pede adiamento de seu julgamento por ataque de Nairóbi

AFP

O advogado de defesa do vice-presidente do Quênia, William Ruto, acusado de crimes contra a humanidade, pediu neste domingo o adiamento do julgamento de seu cliente ante o Tribunal de Haia para poder retornar ao seu país e se ocupar do ataque em Nairóbi.

Um grupo islamita atacou no sábado o luxuoso centro comercial Westgate de Nairóbi, com um saldo de 60 mortos e 175 feridos.

"A defesa de William Ruto pede com urgência que (...) o Tribunal adie o processo para que Ruto possa retornar ao Quênia e se ocupar de um assunto de segurança nacional muito grave", afirmou a defesa em seu pedido ante o Tribunal Internacional de Haia.

Ruto, primeiro líder em funções julgado pelo TPI, é acusado de ter fomentado parte da violência político-étnica que sacudiu o Quênia após a reeleição do presidente Mwai Kibati, no fim de dezembro de 2007.

Esta onda de violência provocou a morte de mil pessoas e deixou 600.000 deslocados.

Ruto se declarou inocente das acusações apresentadas contra ele.

Na tarde deste domingo, o grupo islamita seguia entrincheirado no shopping com um número indeterminado de reféns.

Os islamitas somali Shebab reivindicaram o ataque.