Aos gritos de "Rohani, não, não, não", opositores ao presidente iraniano, Hassan Rohani, protestaram nesta terça-feira na frente da sede das Nações Unidas, em Nova York, no momento em que Barack Obama declarava estar pronto para dar uma chance à via diplomática com Teerã.
"Ninguém é livre, enquanto houver oprimidos", ou "Rohani, assassino moderado", podia-se ler nos cartazes.
"Os Estados Unidos devem agir, o silêncio não é uma opção", repetia a multidão reunida.
Segundo estimativas da AFP, havia entre mil e 1.500 pessoas e, "vários milhares", de acordo com os organizadores.
Para Ali Safavi, um dos responsáveis pelo Conselho Nacional da Resistência Iraniana (CNRI, composto em sua maioria pelos Mujahedines do Povo), "basta olhar para trás para compreender que não há qualquer esperança de moderação por parte do regime".
A manifestação começou no momento em que Obama discursava na Assembleia-Geral da ONU, avaliando que o recém-eleito Rohani recebeu um "mandato para seguir um caminho mais moderado" do que o de seu antecessor ultraconservador, Mahmud Ahmadinejad.
À frente do protesto, manifestantes usavam camisetas com as fotos de 52 pessoas mortas em 1º de setembro no campo de refugiados iranianos de Achraf, no Iraque.
"As Nações Unidas e os Estados Unidos não mantiveram sua promessa de proteger o campo", lamentou Farzad Mahmud, um iraniano que viajou com a família do estado da Virgínia até Nova York para "não permanecer em silêncio".