O presidente do Irã, Hasan Rouhani, disse na terça-feira que condenava o Holocausto e chamou o incidente de algo "repreensível", demonstrando mais um sinal de uma mudança radical no governo de Teerã.
"Qualquer crime que ocorra na história contra a humanidade, incluindo os crimes do nazistas contra os judeus, é repreensível e condenável", disse o líder a CNN em uma entrevista. "Seja qual for a criminalidade que eles cometeram contra os judeus, nós condenamos. Tirar a vida humana é desprezível", disse ele, segundo a tradução da emissora dos EUA.
"Não faz diferença se tal vida é de um cristão, judeu ou muçulmano. Para nós, é a mesma" coisa, acrescentou Rouhani, que fez seu primeiro discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas na terça-feira mais cedo.
No entanto, o presidente também criticou implicitamente a criação de Israel, um rival do regime clerical do Irã, como uma pátria judaica.
O Holocausto "não significa que você pode dizer que nazistas cometeram crimes contra um grupo, por isso eles devem usurpar as terras de outro grupo e ocupá-las", disse ele.
Rouhani foi eleito em junho para suceder Mahmoud Ahmadinejad, um forte crítico de Israel e que já questionou o Holocausto.
As declarações de Ahmadinejad enfureceram Israel, que não descartou a possibilidade de usar força militar contra o polêmico programa nuclear iraniano. O estado clerical insiste que seu programa nuclear é para fins pacíficos.