O Birô Político do Partido Comunista de Cuba afastou o diretor do jornal oficial Granma, Lázaro Barredo, segundo informou o próprio jornal oficialista, sem dar detalhes sobre os motivos de sua saída.
Barredo, 65 anos e considerado um jornalista ortodoxo comprometido com as posições mais rígidas do comunismo cubano, foi substuído por Pelayo Terry, que dirigia até então o jornal Juventud Rebelde, o órgano oficial da Juventude Comunista.
A direção do Juventud Rebelde passou para sua subdiretora, Marina Menéndez.
Estas mudanças acontecem dois meses depois que o número dois do governo cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu ao Congresso da União de Jornalistas de Cuba que crie um novo "modelo de imprensa" de acordo com "as atuais exigências de nosso desenvolvimento e de nossa sociedade".
Criticada até pelo presidente Raúl Castro como "triunfalista" e "apologética", a imprensa cubana enfrenta reclamações de muitos intelectuais e artistas.
O Granma, por exemplo, destina boa parte de suas oito páginas para ressaltar os êxitos do regime e a longas resenhas sobre a luta revolucionária dos anos 50.
Organizações internacionais de direitos humanos e de imprensa denunciam regularmente a falta de liberdade de expressão em Cuba, país onde toda oposição é ilegal.