Testes de DNA confirmaram que Sacha e Atanas Roussev, um casal de ciganos da Bulgária, são os pais da pequena Maria, encontrada pela polícia em um acampamento de ciganos na Grécia, uma história que colocou em evidência a tragédia humana de sua comunidade.
Os ciganos, que formam a maior minoria étnica da Europa, vivem na miséria e são discriminados com base em estereótipos e preconceitos disseminados ao longe de gerações, como aquele segundo o qual eles roubam crianças.
"Os testes de DNA demonstraram que Sacha Roussev é a mãe biológica e que Atanas Roussev é o pai biológico da menina Maria", chamada pela imprensa de "Anjo Loiro", explicou à imprensa Svetlozar Lazarov, secretário-geral do Ministério do Interior encarregado da comunicação.
A menina foi encontrada no dia 16 de outubro durante uma operação de rotina da polícia em um acampamento de ciganos de Farsala, perto de Larissa, na Grécia.
A foto da menina loira deu a volta ao mundo, e o casal de ciganos que se faziam passar por seus pais foi acusado de sequestro por um tribunal grego, que decretou sua prisão preventiva.
As autoridades gregas pediram a ajuda da Interpol para descobrir a identidade da menina, que teve sua idade foi estimada entre quatro e seis anos.
"Os pais biológicos explicaram que haviam deixado a criança para ser criada na Grécia por pessoas para quem haviam trabalhado", indicou o ministério búlgaro em um breve comunicado.
Sacha, uma mulher baixa e magra, e Atanas Roussev estavam na Grécia "para trabalhar na colheita de pimenta, ilegalmente e sem contrato de trabalho", informou à AFP um primo, Anton Kolev, que vive no acampamento cigano de Nikolaevo na Bulgária.
O futuro de Sacha e Atanas, assim com o de Maria, é incerto. O Ministério do Interior fala de "uma investigação preliminar do caso contra o S.R., suspeito de ter vendido o seu filho na Grécia, em 2009". Se os pais forem presos, os outros nove filhos do casal serão deixados aos cuidados dos serviços sociais, segundo as autoridades búlgaras.
Elas "trabalham em conjunto com os serviços competentes gregos", para saber se Maria voltará para a Bulgária, indicou Svetlozar Lazarov.
Em Atenas, as autoridades oficiais ainda não comentaram a decisão. Consultados sobre o que vai acontecer com a criança após a decisão, um representante da associação "O sorriso de uma criança", que tem a guarda, disse à AFP: "Nós respeitaremos a decisão do Ministério Público, seja qual for".
Sacha afirma ter entregado a criança a um casal na Grécia porque não tinha condições financeiras para criá-la.
As autoridades gregas indiciaram o casal grego por "sequestro" em 21 de outubro. Este caso provocou comoção e uma onda de críticas na Grécia, enquanto organizações não-governamentais pediram que a imprensa não adotasse o estereótipo clichê de que os ciganos roubam crianças.
"Agir de acordo com uma percepção é um ato de discriminação racial", lamentou o Centro Europeu de Direitos dos Ciganos (ERRC, com sede em Budapeste). O Conselho Europeu denunciou a "cobertura irresponsável" da imprensa, "que pode ter um impacto significativo sobre as vidas de milhões de ciganos".
O casal Roussev vive em Nikolaevo, em condições de extrema pobreza, em um acampamento miserável no centro da Bulgária. Os nove irmãos e irmãs de Maria vivem em apenas um cômodo mobilhado com uma cama de casal e um fogão a lenha. A maioria dorme no chão, enquanto os pais, desempregados, recebem ajuda social e realizam trabalhos ocasionais.
Os ciganos são a maior minoria étnica na Europa (cerca de 12 milhões de pessoas, de acordo com o ERRC), e vivem em situação de extrema pobreza, com grande dificuldade de ter acesso à educação, o que afeta suas vidas social e profissional.
Os ciganos, que formam a maior minoria étnica da Europa, vivem na miséria e são discriminados com base em estereótipos e preconceitos disseminados ao longe de gerações, como aquele segundo o qual eles roubam crianças.
"Os testes de DNA demonstraram que Sacha Roussev é a mãe biológica e que Atanas Roussev é o pai biológico da menina Maria", chamada pela imprensa de "Anjo Loiro", explicou à imprensa Svetlozar Lazarov, secretário-geral do Ministério do Interior encarregado da comunicação.
A menina foi encontrada no dia 16 de outubro durante uma operação de rotina da polícia em um acampamento de ciganos de Farsala, perto de Larissa, na Grécia.
A foto da menina loira deu a volta ao mundo, e o casal de ciganos que se faziam passar por seus pais foi acusado de sequestro por um tribunal grego, que decretou sua prisão preventiva.
As autoridades gregas pediram a ajuda da Interpol para descobrir a identidade da menina, que teve sua idade foi estimada entre quatro e seis anos.
"Os pais biológicos explicaram que haviam deixado a criança para ser criada na Grécia por pessoas para quem haviam trabalhado", indicou o ministério búlgaro em um breve comunicado.
Sacha, uma mulher baixa e magra, e Atanas Roussev estavam na Grécia "para trabalhar na colheita de pimenta, ilegalmente e sem contrato de trabalho", informou à AFP um primo, Anton Kolev, que vive no acampamento cigano de Nikolaevo na Bulgária.
O futuro de Sacha e Atanas, assim com o de Maria, é incerto. O Ministério do Interior fala de "uma investigação preliminar do caso contra o S.R., suspeito de ter vendido o seu filho na Grécia, em 2009". Se os pais forem presos, os outros nove filhos do casal serão deixados aos cuidados dos serviços sociais, segundo as autoridades búlgaras.
Elas "trabalham em conjunto com os serviços competentes gregos", para saber se Maria voltará para a Bulgária, indicou Svetlozar Lazarov.
Em Atenas, as autoridades oficiais ainda não comentaram a decisão. Consultados sobre o que vai acontecer com a criança após a decisão, um representante da associação "O sorriso de uma criança", que tem a guarda, disse à AFP: "Nós respeitaremos a decisão do Ministério Público, seja qual for".
Sacha afirma ter entregado a criança a um casal na Grécia porque não tinha condições financeiras para criá-la.
As autoridades gregas indiciaram o casal grego por "sequestro" em 21 de outubro. Este caso provocou comoção e uma onda de críticas na Grécia, enquanto organizações não-governamentais pediram que a imprensa não adotasse o estereótipo clichê de que os ciganos roubam crianças.
"Agir de acordo com uma percepção é um ato de discriminação racial", lamentou o Centro Europeu de Direitos dos Ciganos (ERRC, com sede em Budapeste). O Conselho Europeu denunciou a "cobertura irresponsável" da imprensa, "que pode ter um impacto significativo sobre as vidas de milhões de ciganos".
O casal Roussev vive em Nikolaevo, em condições de extrema pobreza, em um acampamento miserável no centro da Bulgária. Os nove irmãos e irmãs de Maria vivem em apenas um cômodo mobilhado com uma cama de casal e um fogão a lenha. A maioria dorme no chão, enquanto os pais, desempregados, recebem ajuda social e realizam trabalhos ocasionais.
Os ciganos são a maior minoria étnica na Europa (cerca de 12 milhões de pessoas, de acordo com o ERRC), e vivem em situação de extrema pobreza, com grande dificuldade de ter acesso à educação, o que afeta suas vidas social e profissional.