As escutas telefônicas feitas pelos americanos também teriam visado ao Vaticano e ao Papa, afirmou a revista Panorama, pertencente ao grupo Berlusconi.
Dos 46 milhões de ligações interceptadas na Itália, várias ligações do Vaticano estariam envolvidas, segundo a Panorama, que não fornece fontes no artigo da revista que chegará às bancas na quinta-feira, mas que foi antecipado para a imprensa.
De acordo com o site Cryptome, 46 milhões de conversas telefônicas foram interceptadas na Itália durante um mês, mas esta informação foi desmentida pelos serviços secretos italianos.
"Acredita-se que 'o grande ouvido americano' captou as conversas dos prelados no início do conclave, em 12 de março", quando foi eleito o Papa Francisco, afirmou a revista.
"Existe a suspeita de que até mesmo as conversas do então futuro pontífice podem ter sido controladas. Jorge Bergoglio já era desde 2005 objeto da atenção da inteligência dos Estados Unidos, de acordo com os relatórios do Wikileaks", acrescentou a Panorama.
O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, minimizou a importância desta informação. "Não temos nenhuma informação a esse respeito e, de qualquer maneira, isso não nos preocupa", declarou.