William Potts, de 56, um ex-militante da organização Panteras Negras que vivia em Cuba desde 1984 após sequestrar um avião com destino a Miami, declarou-se inocente, nesta quarta-feira, das acusações federais contra ele.
Há uma semana, Potts voltou aos Estados Unidos para acertar suas contas com a Justiça americana.
Representado pelo advogado Paul Korchin, William Potts se declarou inocente da acusação de "pirataria aérea" perante o juiz Barry Garber, da Corte federal de Miami.
A audiência de fiança foi adiada até a próxima terça-feira a pedido do advogado Korchin. Ele explicou ao juiz que, no último momento, ficou sabendo de uma ordem de prisão contra Potts em Nova Jersey por assalto a mão armada, datada de agosto de 1984.
"Preciso de algum tempo para confirmar os antecedentes desse caso", disse Korchin ao juiz, acompanhado por Potts, que estava algemado e com uniforme de presidiário.
Potts decidiu voltar aos Estados Unidos na semana passada. Ele foi detido ao desembarcar no aeroporto internacional de Miami em 6 de novembro. No dia seguinte, fez seu primeiro comparecimento à Justiça federal nessa cidade da Flórida.
Se for considerado culpado de pirataria aérea, Potts pode ser condenado a 20 anos de prisão, ou até à prisão perpétua.