O grupo das Indústrias Militares Israelenses (IMI), que produz sistemas de ponta para forças terrestres, aéreas e navais, além da conhecida submetralhadora Uzi, será privatizado - anunciou nesta quarta-feira o ministro israelense da Defesa, Moshe Yaalon.
"Comemoro a autorização da privatização das IMI. É uma medida que deveria ter sido tomada há anos", afirmou Yaalon.
"A IMI é uma empresa que registra prejuízos significativos que ameaçam sua sobrevivência, embora produza excelentes equipamentos", acrescentou o ministro.
A decisão foi tomada pelo comitê ministerial de privatização, que adotou um plano que prevê a divisão do grupo, de acordo com o jornal econômico Globes.
Para proteger os "interesses nacionais vitais", uma parte da atividade será retomada por uma nova empresa pública a ser criada pelo governo. O restante será cedido.
Os terrenos onde se encontram atualmente as unidades de produção de Tel-Aviv e arredores serão desocupados e vendidos para fazer importantes projetos imobiliários privados, acrescentou Globes.
O jornal não especificou qual empresa estrangeira estará interessada na retomada de uma parte das atividades da IMI, que acumulou milhões de dólares em prejuízos nos últimos anos.
A IMI produz a Uzi, considerada a submetralhadora mais popular do mundo. Entre outros produtos do grupo, estão o fuzil de assalto Galil, metralhadoras, munições, foguetes, explosivos, veículos blindados, sistemas de varredura de minas e bombas de fragmentação.
O grupo também forma agentes de segurança e guarda-costas israelenses e estrangeiros.