O ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, é um exemplo não só de resistência, mas de amor. A avaliação foi feita à Agência Brasil pelo cientista político Paulo Baía, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
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Mandela marcou a história ao unir brancos e negros na África do SulSímbolo mundial na luta pela paz, Nelson Mandela morre aos 95 anos na África do SulMorte de Mandela deve fortalecer democracia sul-africanaSegundo Baía, as conexões feitas por Mandela levaram a Organização das Nações Unidas a impor sanções econômicas à África do Sul e motivaram pressões para a independência do país.
“Mandela foi um pacifista, ao mesmo tempo um lutador, na mesma linhagem de Gandhi, só que de matriz africana. Mandela foi um grande sábio. Ele soube trabalhar com a resistência e, ao mesmo tempo, sabia negociar. Ele trabalhava com a ideia de solidariedade e de amor, como perspectiva de construção de uma nação. E foi plenamente vitorioso, e seus inimigos plenamente derrotados”, disse Baía.
O cientista político destacou que, embora tenha derrotado os inimigos, Mandela os acolheu, numa demonstração da grandeza de seu caráter. Por isso, deixou para a humanidade o legado de que a intolerância pode ser combatida e a harmonia estabelecida em qualquer parte do mundo, “desde que haja generosidade, amor e firmeza de afeto, de acolhimento, sem submissão”, ressaltou o especialista.