Jornal Estado de Minas

Líderes mundiais homenageiam Nelson Mandela

AgĂȘncia Estado
Em quase sete décadas de luta por igualdade e liberdade, o líder antiapartheid Nelson Mandela inspirou milhões com suas ações e suas palavras. Agora, líderes e personalidades do mundo inteiro reagem à notícia de sua morte. "Mandela não pertence mais a nós", declarou Barack Obama, primeiro presidente negro da história dos Estados Unidos. "Agora ele pertence à eternidade."
O arcebispo sul-africano Desmond Tutu, que assim como Mandela recebeu o Prêmio Nobel da Paz pela luta contra o apartheid, agradeceu a Deus por ter tornado Nelson Mandela presidente da África do Sul em um momento crucial de sua história. "Ele nos inspirou a trilhar o caminho do perdão e da reconciliação e assim evitou que a África do Sul se incendiasse", recordou.

O papa Francisco prestou "tributo ao firme compromisso de Nelson Mandela com a promoção da dignidade humana dos cidadãos de todas as nações e com a construção de uma nova África do Sul, erguida em bases sólidas de verdade, reconciliação e não-violência".

Em Nova Délhi, o dalai-lama conclamou seus seguidores a "desenvolverem a determinação e o entusiasmo para perpetuarem seu espírito". O presidente chinês Xi Jinping, cujo país apoiou opositores do apartheid durante a Guerra Fria, elogiou a vitória de Mandela na iniciativa e a sua contribuição para "a causa do progresso humano."

Em Diadema, o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva qualificou Mandela como "uma coisa boa que de vez em quando Deus projeta nas nossas vidas". A sucessora de Lula, Dilma Rousseff, divulgou nota de pesar na qual reconhece Mandela como "personalidade maior do século 20" e elogia "um dos mais importantes processos de emancipação do ser humano da história contemporânea: o fim do apartheid na África do Sul".

A Comissão Nobel, que em 1993 concedeu o laurel da paz em conjunto a Mandela e ao último presidente branco da África do Sul, Frederik de Klerk, qualificou o líder da luta contra o apartheid como "um dos maiores nomes reconhecidos na longa história do Prêmio Nobel da Paz".

O ex-secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU) Kofi Annan disse que o mundo perdeu "um líder visionário, uma voz corajosa em defesa da justiça e uma clara bússola moral". O atual secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que Nelson Mandela foi "um gigante pela justiça" que teve uma "luta abnegada pela dignidade humana, pela igualdade e pela liberdade" e inspirou muitas pessoas ao redor do mundo.

François Hollande, presidente da França, destacou a importância do legado deixado pelo ex-presidente da África do Sul, enquanto o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, prestou homenagem ao ex-presidente da África do Sul, Nelson Mandela, e o comparou ao ícone indiano da luta pela liberdade, Mohandas Gandhi.

A família real britânica também expressou seus sentimentos em relação a notícia da morte de Mandela. A rainha Elizabeth II declarou que "o legado de Mandela é a paz na África do Sul que vemos hoje".

O primeiro-ministro do Reino Unido, David Cameron, lamentou a morte de Nelson Mandela e disse que uma enorme luz se apagou no mundo e que "Nelson Mandela foi um herói do nosso tempo". Já o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, qualificou Mandela como "uma figura única em um momento único" da história.

O ex-presidente norte-americano Bill Clinton, por sua vez, afirmou que o mundo perdeu um seus líderes mais importantes e um de seus melhores seres humanos. "Todos nós estamos vivendo em um mundo melhor por causa de Mandela", declarou.

O também ex-presidente dos EUA, Jimmy Carter, fez questão de mostrar sua tristeza com a morte do líder sul-africano. "Sua paixão pela liberdade e justiça criou novas esperanças para uma geração oprimida em todo o mundo e é por sua causa que a África do Sul é hoje uma das lideranças da democracia mundial."

O ator Morgan Freeman, que interpretou Mandela no filme "Invictus", declarou: "Neste momento em que nos lembramos de seus triunfos, vamos refletir, em sua memória, não apenas a quão longe chegamos, mas a qual longe ainda temos de ir".