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Estado de Minas

Soweto agradece ao ex-presidente sul-africano com emoção

Muitas pessoas compareciam à pequena casa em Soweto na qual Mandela viveu antes de ser detido


postado em 07/12/2013 00:12 / atualizado em 07/12/2013 08:49

Johanesburgo – No antigo gueto negro de Soweto, um dos símbolos da luta contra o apartheid, a população saiu às ruas para agradecer ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela. “Ele era tudo para nós", suspira Cynthia Mmusi, de 35 anos, que passou a noite junto de outros sul-africanos em busca de conforto e companhia. “Em nossa cultura, os homens não choram, mas esta noite derramei uma lágrima. É o pai de nossa nação”, declarou Siyabulela Mfazwe, de 30 anos.

Muitas pessoas compareciam à pequena casa em Soweto na qual Mandela viveu antes de ser detido e onde sua ex-mulher Winnie continuou durante os anos de luta contra o apartheid. Os sul-africanos depositavam flores ou mensagens de recordação no local. Sifiso Mnisi, de 40 anos, pintou em sua moto branca mensagens em homenagens a Mandela: “Meu presidente negro” “Lutou contra a dominação dos brancos e dos negros, dankie (obrigado, em africâner)”. “Ter mais de 95 anos não é uma brincadeira de criança. Esperávamos com temor o dia em que o nobre gigante iria morrer”, completou.


Para a maioria dos sul-africanos, a morte serena, após a longa agonia de Mandela, trouxe um sentimento de alívio. “Foi uma vida muito bem vivida", afirmou Mhlodi Tau, médico, de 38 anos. “Terminou bem a vida e lutou o bom combate. Naturalmente, estamos tristes porque já não está fisicamente conosco, mas celebramos essa vida incrível. Para nós, sul-africanos, era um membro da família”, afirma emocionado.

O taxista Mthokozisi Xulu, de 35 anos, concorda, mas se mostra conformado. “É muito triste, mas era muito velho. Podemos chorar por ele, mas fez seu trabalho e agora descansa”, declarou. “Finalmente descansa em paz”, disse Vuyiswa Qagy, de 29 anos, enquanto seguia para o trabalho em um centro comercial. “Embora pareça um dia como os outros, você sente a perda”, declarou Sebastian, um padre de 35 anos que nasceu em uma favela ao lado de Johanesburgo. “Aconteceu o inevitável. É um dia triste para nós, mas a África do Sul e o mundo esperavam e podemos agradecer a Deus pelo que fez de sua vida”, completou o padre antes da primeira missa do dia.


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