Os restos mortais de Nelson Mandela foram transferidos para uma base área após cerimônia de despedida promovida pelo partido Congresso Nacional Africano no início deste sábado, antes de serem transportados para o vilarejo onde Madiba nasceu para o enterro no domingo.
Enquanto isso, no aeroporto próximo ao vilarejo de Qunu, onde Mandela nasceu, no leste da África do Sul, havia um burburinho de atividade, com veículos militares circundando o local em meio à expectativa sobre a chegada do corpo.
O funeral começará às 6h de domingo (horário local) e o enterro ocorrerá às 8h, informou o governo sul-africano neste sábado.
Em Waterkloof, o presidente sul-africano Jacob Zuma elogiou Mandela em um relato detalhado da luta contra o domínio racista branco. Ele disse que Mandela tinha a rara capacidade de colocar a teoria em prática. Também descreveu a chegada de Mandela a Johannesburgo vindo do interior do país quando jovem, trazendo disciplina e visão para o movimento antiapartheid.
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Rituais também serão realizados durante a passagem de uma carreata que levará o caixão de Mthatha até o vilarejo de Qunu, onde Mandela será enterrado. O público foi convidado a ver o cortejo a caminho de Qunu. O corpo será levado para a fazenda da família Mandela, onde ocorrerão outros rituais.
Uma vigília noturna do CNA está prevista na Walter Sisulu University, em Mthatha, no sábado, com líderes partidários e representantes do governo honrando Mandela na véspera de seu sepultamento.
O governo sul-africano disse que iria restringir a entrada no funeral na casa de Mandela em Qunu aos 4.500 convidados, incluindo o presidente Jacob Zuma e dignitários estrangeiros, como vários presidentes africanos e o príncipe Charles.