O primeiro presidente negro da África do Sul, Nelson Mandela, foi enterrado neste domingo, dez dias após sua morte, com honras militares. A cerimônia foi realizada em uma grande tenda, diante de parentes e amigos na casa da família em Qunu, vilarejo onde passou a infância. O presidente sul-africano, Jacob Zuma, ficou de pé no momento em que o caixão foi colocado no túmulo. Helicópteros militares e aviões de combate sobrevoaram a região e disparos de canhão foram realizados, antes de uma cerimônia tradicional privada, que não terá a presença da imprensa.
"A África do Sul vai continuar crescendo, porque não podemos decepcioná-lo", completou Zuma. "Hoje prometemos continuar promovendo a tolerância e uma sociedade multirracial em nosso país e construir uma África do Sul que pertença realmente a todos", declarou o presidente sul-africano
Vida de Mandela é lembrada durante funeral em Qunu
Familiares e amigos lembraram a vida de Nelson Mandela durante seu funeral em Qunu. "Ele foi à escola com os pés descalços e alcançou o posto mais alto no país", disse sua neta Nandi Mandela, ao lado de 95 velas, cada uma delas simbolizando um ano da vida de Nelson Mandela. "Está em cada um de nós alcançar o que ele desejou durante a vida. Sua vida é uma história de resistência".
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Avião com caixão de Mandela pousa em sua província natal Filme sobre Mandela traça o destino excepcional de um ícone mundial Mandela é lembrado como exemplo de resiliência Mandela é enterrado em QunuO som de uma banda e o canto espontâneo de convidados soprava sobre as colinas de Qunu. Enquanto isso, alguns membros da comunidade começavam a chegar para acompanhar a cerimônia em grandes telas montadas ao redor do vilarejo. "Quero apenas saudá-lo com uma despedida", disse Shirley Kobo de 32 anos. "Ele nos tirou da poeira".
Muitos cidadãos de Qunu ficaram ofendidos por terem sido barrados da chance de dizer adeus a um nativo. Muitos consideraram que o funeral estava sendo usado para comício do Congresso Nacional Africano de Mandela. "O povo não quer apoiar o CNA", disse Shirley. "Os líderes atualmente estão abusando do nome do CNA".
Com informações da AFP e da Agência Estado