Jornal Estado de Minas

Varsóvia e países bálticos revelam preocupação com mísseis russos

AFP

Varsóvia e os três países bálticos manifestaram nesta segunda-feira sua preocupação com as notícias do envio de baterias de mísseis russos de curto alcance para o território de Kaliningrado, situado entre Polônia e Lituânia.

"Os projetos de envio de mísseis Iskander-M à região de Kaliningrado preocupam. A Polônia já disse isto em várias ocasiões", destacou o serviço de imprensa do ministério polonês das Relações Exteriores, citado pela agência PAP.

A chancelaria polonesa destacou que não dispõe de "qualquer informação oficial russa sobre esta questão". As "recentes informações necessitam de verificação".

Segundo Varsóvia, "é um caso que envolve toda a OTAN e (...) será preciso realizar consultas e reagir dentro da OTAN e da UE".

A informação também alarmou os países bálticos, ex-repúblicas soviéticas, que entraram na UE e na Otan em 2004.

"Está claro que é uma notícia alarmante, já que muda o equilíbrio em nossa região (...) ameaça as cidades bálticas e as infraestruturas na região báltica", destacou o ministro da Defesa da Letônia, Artis Pabriks, citado pela agência BNS.

"Temos que pensar como defender a região da forma mais eficaz no caso de uma hipotética crise porque está claro que se trata de armas perigosas".

Segundo o ministro da Defesa da Estônia, Urmas Reinsalu, "qualquer crescimento da capacidade militar da Federação Russa em nossa região é fonte de preocupação".

O ministro russo da Defesa confirmou nesta segunda-feira que a Rússia enviou baterias de mísseis Iskander-M para sua região Oeste, vizinha à UE.

A chancelaria russa confirmou assim informações publicadas pelo jornal alemão Bild sobre o envio de mísseis para a região de Kaliningrado.

O ministério russo da Defesa não confirmou exatamente o envio dos Iskander-M, mísseis com raio de ação de até 500 km e capazes de transportar ogivas nucleares.