O governo dos EUA tornou público alguns detalhes das operações de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, em inglês) durante o governo do presidente George W. Bush, ao mesmo tempo em que continua a argumentar na Justiça que fornecer detalhes específicos sobre esses programas prejudicaria os esforços atuais de combate ao terrorismo.
O diretor da Inteligência Nacional, James Clapper, e a vice-diretora da NSA, Frances Fleisch, deram declarações formais na sexta-feira em um processo aberto pela Fundação Fronteira Eletrônica (EFF, em inglês), um grupo de liberdades civis. Na ação, a EFF acusou o governo norte-americano de ter criado um sistema de comunicações que conduzia a vigilância sobre "praticamente cada americano que utiliza o sistema de telefonia ou de Internet".
Ele e a NSA continuam a se recusar, contudo, a fornecer detalhes do escopo da vigilância, ou dizer se as acusações no caso aberto pela EFF eram de fato relacionados à espionagem. Eles argumentaram que as informações revelariam muito sobre as capacidades americanas aos grupos terroristas. O fornecimento dessas especificidades provocaria "um dano excepcionalmente grave à segurança nacional", escreveu Clapper.
O processo da EFF foi um dos vários abertos por defensores das liberdades civis sobre o programa de vigilância dos EUA. Durante anos, o governo norte-americano lutou contra os esforços da EFF para obter detalhes sobre o que foi uma vez conhecido como o Programa de Vigilância do Presidente e o Programa de Vigilância Terrorista. Em 2005, o então presidente George W. Bush reconheceu a existência geral desses programas, mas seu governo e o do presidente Barack Obama combateram na Justiça todos os esforços para debater a questão. Fonte: Dow Jones Newswires.