A executiva de relações públicas Justine Sacco, demitida neste domingo após a divulgação de uma mensagem racista no twitter, não parece ter encontrado consolo nos braços do pai. Um cidadão sul-africano identificado como Zac afirmou ter acompanhado o desembarque de Justine e relatou uma conversa com o pai dela ao jornal britânico Daily Mail. De acordo com a publicação, ele teria se referido à filha como 'idiota' e teria dito que a atitude havia sido 'imperdoável', acrescentando que estava envergonhado.
O pai de Justine não teve o nome divulgado. Segundo o Daily Mail, nesta conversa ele teria ido às lágrimas quando relatou que optou por criar os filhos fora da África do Sul devido ao medo do preconceito no país, após o fim oficial do apartheid.
Justine postou uma mensagem, inicialmente lida apenas por seus 200 seguidores, na última sexta-feira. "Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!", dizia. O texto foi encaminhado ao site Buzzfeed.com e a parti daí gerou uma avalanche de tweets e retweets enquanto a executiva estava num voo de 12 horas, ou seja, ela esteve alheia à repercussão durante esse período.
A hashtag #hasjustinelandedyet (Justine já aterrissou?, em tradução livre), ficou em primeiro lugar nos trendtopics da rede social. A IAC, empresa proprietária de sites como match.com, Meetic, Vimeo e The Daily Beast e que tinha Justine como coordenadora de comunicação, apressou-se em dizer que o comentário era escandaloso e ofensivo. "Não reflete a visão e os valores da IAC. Infelizmente, a funcionária em questão está inacessível em um voo internacional, mas essa é uma questão muito grave e vamos tomar as medidas apropriadas".
A empresa confirmou a demissão da funcionária neste fim de semana e completou: "tratamos este assunto com muita seriedade, e tomamos medidas junto à funcionária envolvida. Não há justificativa para o comentário publicado, que condenamos com firmeza."
Pedido de desculpas
Justine enviou aos jornais e publicou em seu perfil do Facebook (a conta no Twitter foi desativada) uma nota de desculpas, em que diz: "Palavras não podem expressar o quanto me arrependo e o quanto é necessário para mim pedir desculpas ao povo sul-africano, que ofendi com uma mensagem desnecessária e insensível."
A executiva lembrou que nasceu na África do Sul e que tem orgulho de seus laços com a nação. "Existe uma grave crise por causa da Aids neste país. Infelizmente, é muito fácil falar com leviandade sobre uma epidemia que nunca foi enfrentada diretamente", assinalou. "Por ser insensível a essa crise - que não discrimina por raça, gênero ou orientação sexual, e sim nos aterroriza de forma uniforme -, e por milhões de pessoas que vivem com o vírus, sinto vergonha", concluiu.
Desde então, a ex-executiva não ficou calada e, reforçando sempre o pedido de desculpas, agradeceu o apoio de amigos, disse estar ciente que pessoas brancas também podem contrair o vírus HIV; mas também perguntou - referindo-se à super-exposição na mídia - se não havia amor na humanidade. "Estou recebendo ódio de todos os lugares", disse ela em um dos posts.
O pai de Justine não teve o nome divulgado. Segundo o Daily Mail, nesta conversa ele teria ido às lágrimas quando relatou que optou por criar os filhos fora da África do Sul devido ao medo do preconceito no país, após o fim oficial do apartheid.
Justine postou uma mensagem, inicialmente lida apenas por seus 200 seguidores, na última sexta-feira. "Indo para a África. Espero não contrair Aids. Brincadeira. Sou branca!", dizia. O texto foi encaminhado ao site Buzzfeed.com e a parti daí gerou uma avalanche de tweets e retweets enquanto a executiva estava num voo de 12 horas, ou seja, ela esteve alheia à repercussão durante esse período.
A hashtag #hasjustinelandedyet (Justine já aterrissou?, em tradução livre), ficou em primeiro lugar nos trendtopics da rede social. A IAC, empresa proprietária de sites como match.com, Meetic, Vimeo e The Daily Beast e que tinha Justine como coordenadora de comunicação, apressou-se em dizer que o comentário era escandaloso e ofensivo. "Não reflete a visão e os valores da IAC. Infelizmente, a funcionária em questão está inacessível em um voo internacional, mas essa é uma questão muito grave e vamos tomar as medidas apropriadas".
A empresa confirmou a demissão da funcionária neste fim de semana e completou: "tratamos este assunto com muita seriedade, e tomamos medidas junto à funcionária envolvida. Não há justificativa para o comentário publicado, que condenamos com firmeza."
Pedido de desculpas
Justine enviou aos jornais e publicou em seu perfil do Facebook (a conta no Twitter foi desativada) uma nota de desculpas, em que diz: "Palavras não podem expressar o quanto me arrependo e o quanto é necessário para mim pedir desculpas ao povo sul-africano, que ofendi com uma mensagem desnecessária e insensível."
A executiva lembrou que nasceu na África do Sul e que tem orgulho de seus laços com a nação. "Existe uma grave crise por causa da Aids neste país. Infelizmente, é muito fácil falar com leviandade sobre uma epidemia que nunca foi enfrentada diretamente", assinalou. "Por ser insensível a essa crise - que não discrimina por raça, gênero ou orientação sexual, e sim nos aterroriza de forma uniforme -, e por milhões de pessoas que vivem com o vírus, sinto vergonha", concluiu.
Desde então, a ex-executiva não ficou calada e, reforçando sempre o pedido de desculpas, agradeceu o apoio de amigos, disse estar ciente que pessoas brancas também podem contrair o vírus HIV; mas também perguntou - referindo-se à super-exposição na mídia - se não havia amor na humanidade. "Estou recebendo ódio de todos os lugares", disse ela em um dos posts.