Segundo o Greenpeace Brasil, os 26 integrantes de nacionalidade não russa vão entrar com pedido de vistos de saída para finalmente poderem deixar o país. Uma reunião com o Serviço de Migração Federal está marcada para hoje.
“A nossa saga deve acabar logo, mas não existe anistia para o Ártico. Então, quando isso acabar, nós continuaremos nossa missão de proteger o Ártico das petrolíferas gananciosas”, disse a ativista Ana Paula no comunicado. “É um absurdo que tenhamos sido perdoados de um crime que não cometemos. Não sou culpada e nunca fui. Estou triste de deixar a Rússia enquanto nosso navio Arctic Sunrise permanece aqui. Metade de meu coração vai permanecer com ele, atracado em Murmansk", acrescentou.
De acordo com a Associated Press, dos 30 membros do Greenpeace presos, apenas o italiano Cristian d'Alessandro não recebeu a anistia ainda, por não ter conseguido um tradutor para acompanhá-lo na vista ao Comitê Investigativo. Ele precisará conversar novamente com as autoridades na quinta-feira para conseguir resolver sua situação.
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Nova dificuldade
Segundo o Greenpeace internacional, os militantes "agora enfrentarão uma nova dificuldade: aqueles que não são russos, a de obter os vistos de saída em seus passaportes para que possam sair do país e se reunir com suas famílias", destacou a organização.
Na terça-feira, a comissão de investigação já havia notificado o britânico Anthony Perrett sobre o fim da investigação contra ele. "O abandono das investigações é um alívio imenso", disse Perrett em entrevista à rádio BBC, falando da sua expectativa de deixar o território russo no começo da próxima semana.
Segundo o Greenpeace, uma reunião será realizada nesta quarta-feira com os serviços de imigração russos e, com isto, os militantes poderiam "deixar a Rússia nos próximos dias". Os trinta membros da tripulação do navio foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. Após ser transferidos para São Petersburgo, foram postos em liberdade sob fiança em novembro. Acusados em um primeiro momento por pirataria, um crime passível de até 15 anos de prisão, finalmente foram denunciados por vandalismo, um crime que prevê penas de até sete anos de prisão.
Os trinta membros da tripulação do navio do Greenpeace tinham assinado na segunda-feira um documento no qual anunciaram não se opor à lei de anistia, aprovada na semana passada pelo Parlamento russo.
Com agências