A justiça russa continua anunciando nesta quarta-feira o encerramento das ações judiciais contra os militantes do Greenpeace, entre eles a brasileira Ana Paula Maciel, acusados de "vandalismo" por uma ação de protesto no Ártico e anistiados por uma nova lei do Parlamento russo. A comissão de investigação russa em São Petersburgo convocou todos os membros da tripulação do navio 'Arctic Sunrise', comunicando-lhes ao longo do dia sobre o encerramento das acusações contra eles, informou o Greenpeace em um comunicado.
"Em comunicado divulgado no site da unidade brasileira do grupo, ela diz que sua saga "deve acabar logo" e afirma que é um "absurdo" ser perdoada por um crime que não cometeu.
Segundo o Greenpeace Brasil, os 26 integrantes de nacionalidade não russa vão entrar com pedido de vistos de saída para finalmente poderem deixar o país. Uma reunião com o Serviço de Migração Federal está marcada para hoje.
“A nossa saga deve acabar logo, mas não existe anistia para o Ártico. Então, quando isso acabar, nós continuaremos nossa missão de proteger o Ártico das petrolíferas gananciosas”, disse a ativista Ana Paula no comunicado. “É um absurdo que tenhamos sido perdoados de um crime que não cometemos. Não sou culpada e nunca fui. Estou triste de deixar a Rússia enquanto nosso navio Arctic Sunrise permanece aqui. Metade de meu coração vai permanecer com ele, atracado em Murmansk", acrescentou.
De acordo com a Associated Press, dos 30 membros do Greenpeace presos, apenas o italiano Cristian d'Alessandro não recebeu a anistia ainda, por não ter conseguido um tradutor para acompanhá-lo na vista ao Comitê Investigativo. Ele precisará conversar novamente com as autoridades na quinta-feira para conseguir resolver sua situação.
As acusações contra os membros do Greenpeace foram retiradas como parte de um projeto de anistia aprovado pelo Parlamento este mês. Observadores dizem que a medida foi uma tentativa de acalmar as críticas contra o respeito aos direitos humanos no país, que receberá em fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, questionou a intenção dos ativistas de defender o Ártico e disse que eles estavam tentando prejudicar os interesses econômicos do país. Ele disse que não se importava com o fim das acusações contra os membros do Greenpeace, mas acrescentou esperar que "isso não se repita".
Nova dificuldade
Segundo o Greenpeace internacional, os militantes "agora enfrentarão uma nova dificuldade: aqueles que não são russos, a de obter os vistos de saída em seus passaportes para que possam sair do país e se reunir com suas famílias", destacou a organização.
Na terça-feira, a comissão de investigação já havia notificado o britânico Anthony Perrett sobre o fim da investigação contra ele. "O abandono das investigações é um alívio imenso", disse Perrett em entrevista à rádio BBC, falando da sua expectativa de deixar o território russo no começo da próxima semana.
Segundo o Greenpeace, uma reunião será realizada nesta quarta-feira com os serviços de imigração russos e, com isto, os militantes poderiam "deixar a Rússia nos próximos dias". Os trinta membros da tripulação do navio foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. Após ser transferidos para São Petersburgo, foram postos em liberdade sob fiança em novembro. Acusados em um primeiro momento por pirataria, um crime passível de até 15 anos de prisão, finalmente foram denunciados por vandalismo, um crime que prevê penas de até sete anos de prisão.
Os trinta membros da tripulação do navio do Greenpeace tinham assinado na segunda-feira um documento no qual anunciaram não se opor à lei de anistia, aprovada na semana passada pelo Parlamento russo.
"Em comunicado divulgado no site da unidade brasileira do grupo, ela diz que sua saga "deve acabar logo" e afirma que é um "absurdo" ser perdoada por um crime que não cometeu.
Segundo o Greenpeace Brasil, os 26 integrantes de nacionalidade não russa vão entrar com pedido de vistos de saída para finalmente poderem deixar o país. Uma reunião com o Serviço de Migração Federal está marcada para hoje.
“A nossa saga deve acabar logo, mas não existe anistia para o Ártico. Então, quando isso acabar, nós continuaremos nossa missão de proteger o Ártico das petrolíferas gananciosas”, disse a ativista Ana Paula no comunicado. “É um absurdo que tenhamos sido perdoados de um crime que não cometemos. Não sou culpada e nunca fui. Estou triste de deixar a Rússia enquanto nosso navio Arctic Sunrise permanece aqui. Metade de meu coração vai permanecer com ele, atracado em Murmansk", acrescentou.
De acordo com a Associated Press, dos 30 membros do Greenpeace presos, apenas o italiano Cristian d'Alessandro não recebeu a anistia ainda, por não ter conseguido um tradutor para acompanhá-lo na vista ao Comitê Investigativo. Ele precisará conversar novamente com as autoridades na quinta-feira para conseguir resolver sua situação.
As acusações contra os membros do Greenpeace foram retiradas como parte de um projeto de anistia aprovado pelo Parlamento este mês. Observadores dizem que a medida foi uma tentativa de acalmar as críticas contra o respeito aos direitos humanos no país, que receberá em fevereiro os Jogos Olímpicos de Inverno.
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, questionou a intenção dos ativistas de defender o Ártico e disse que eles estavam tentando prejudicar os interesses econômicos do país. Ele disse que não se importava com o fim das acusações contra os membros do Greenpeace, mas acrescentou esperar que "isso não se repita".
Nova dificuldade
Segundo o Greenpeace internacional, os militantes "agora enfrentarão uma nova dificuldade: aqueles que não são russos, a de obter os vistos de saída em seus passaportes para que possam sair do país e se reunir com suas famílias", destacou a organização.
Na terça-feira, a comissão de investigação já havia notificado o britânico Anthony Perrett sobre o fim da investigação contra ele. "O abandono das investigações é um alívio imenso", disse Perrett em entrevista à rádio BBC, falando da sua expectativa de deixar o território russo no começo da próxima semana.
Segundo o Greenpeace, uma reunião será realizada nesta quarta-feira com os serviços de imigração russos e, com isto, os militantes poderiam "deixar a Rússia nos próximos dias". Os trinta membros da tripulação do navio foram detidos em setembro após uma ação contra uma plataforma de petróleo da Gazprom no Ártico. Após ser transferidos para São Petersburgo, foram postos em liberdade sob fiança em novembro. Acusados em um primeiro momento por pirataria, um crime passível de até 15 anos de prisão, finalmente foram denunciados por vandalismo, um crime que prevê penas de até sete anos de prisão.
Os trinta membros da tripulação do navio do Greenpeace tinham assinado na segunda-feira um documento no qual anunciaram não se opor à lei de anistia, aprovada na semana passada pelo Parlamento russo.
Com agências